Quem ganhou e quem perdeu, com o encerramento das eleições municipais? Há vencedores óbvios, como o Lula. Queiram ou não, ele outra vez mostrou-se capaz de eleger um poste. O Partido Socialista cresceu, desde o primeiro turno.
Aliás, outros partidos intermediários também, com o PDT à frente. PT e PMDB ficaram onde estavam, ou seja, o primeiro vitorioso em número de votos, no país inteiro, o outro com mais prefeitos e vereadores que os demais. Reforçou-se a base partidária do governo, mesmo sem muita segurança de que certos partidos manterão a fidelidade, ao menos se não receberem compensações.
Derrota sofreu o PSDB, pelo malogro de um de seus ícones, José Serra, em São Paulo, ainda que passando a governar Manaus e Belém, como participando da vitória em Belo Horizonte, antes, e agora em Salvador.
O principal fator a registrar, porém, está na renovação de lideranças. Em muitas capitais, como em grandes cidades, os vencedores são desconhecidos no plano nacional. A maioria dos novos prefeitos é composta nomes de que ninguém ouviu falar.
Claro que agora elevados a patamar superior, estarão prontos para assumir posições em seus estados, mas ainda necessitados de esticar o pescoço para além de suas regiões.
Pode estar acontecendo fenômeno faz algum tempo desaparecido de nossas equações políticas, a inesperada substituição de velhos por novos personagens. Ficou evidente o anseio por mudanças, de parte do eleitorado. As eleições nacionais de 2014 confirmarão ou não essa tendência, no Congresso e nos governos estaduais.
Em suma, se não trouxeram reviravoltas inusitadas, as eleições municipais revelaram sangue novo. Quem sabe jovens garnizés no galinheiro.
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ERROS E ACERTOS
Como se comportaram as pesquisas, nas 16 capitais estaduais onde se realizou o segundo turno? Mal, apesar de os institutos, como sempre, apregoarem sucesso.
Porque idênticas previsões e resultados aconteceram, é claro, mas só em Macapá, Manaus, Campo Grande, Curitiba e São Luís. Nessas cidades, os números anunciados no fim de semana e na boca de urna foram confirmados pelas urnas, com oscilações no máximo restritas a um ponto percentual.
Mesmo depois de escorregadelas anteriores, não há dúvida de que as pesquisas refletiram a vontade do eleitorado.
Agora, dizer que acertaram diante do embuste de considerar corretas as previsões com três pontos para cima ou para baixo, só chamando o Pinóquio. Em Rio Branco, Teresina, Belém, João Pessoa, Natal e Florianópolis, foi de dois ou três pontos a diferença entre as pesquisas e os votos recebidos por vencedores e derrotados.
Mas tem mais. Erros daqueles impossíveis de ocultar, verificaram-se em São Paulo, quando há semanas Fernando Haddad nem aparecia no segundo turno e depois, para compensar, chegou a ser apontado com 17 pontos de vantagem sobre José Serra.
Aproximando-se a decisão final, só nos últimos cinco dias o companheiro obteve 60%, 59%, 58% e 57% dos votos, para chegar aos 56%, domingo.
O tucano passou de 41%, 42%, 43% até na boca da urna e recebeu 44%. Isso é acertar? Em especial diante da “explicação” de que foi o povo que mudou, que é volúvel. Será que os índices afinal revelados já não estavam decididos faz muito pelo eleitorado? Mudar, quase todo mundo muda, mas tanto assim, cheira a erros e a ajustamentos.
Em Porto Velho, as pesquisas apontavam 58% para um e 42% para outro, chegando a 64% contra 36%. Na verdade, houve empate em torno dos 50%, decidido no olho mecânico.
Em Cuiabá foi o oposto. Os números anunciados davam 50% para cada um dos candidatos. No fim, 54,6% para este, 45,3% para aquele.
Em João Pessoa divulgaram o resultado de 72% a 28% quando na verdade deu 68% a 41%.
Em Salvador, anunciaram 55% e até 56% para o primeiro colocado, e 44% para o segundo, mas o que se viu foram 53,5% para um e 46,4% para o outro.
Em Fortaleza, 51% para o primeiro e 49% para o segundo, ou até 50% para cada um. Digitados os resultados, 53% a 47%…
De qualquer forma, não se duvidará da boa vontade e muito menos da honestidade dos institutos. Apenas, contesta-se sua capacidade.
Aliás, outros partidos intermediários também, com o PDT à frente. PT e PMDB ficaram onde estavam, ou seja, o primeiro vitorioso em número de votos, no país inteiro, o outro com mais prefeitos e vereadores que os demais. Reforçou-se a base partidária do governo, mesmo sem muita segurança de que certos partidos manterão a fidelidade, ao menos se não receberem compensações.
Derrota sofreu o PSDB, pelo malogro de um de seus ícones, José Serra, em São Paulo, ainda que passando a governar Manaus e Belém, como participando da vitória em Belo Horizonte, antes, e agora em Salvador.
O principal fator a registrar, porém, está na renovação de lideranças. Em muitas capitais, como em grandes cidades, os vencedores são desconhecidos no plano nacional. A maioria dos novos prefeitos é composta nomes de que ninguém ouviu falar.
Claro que agora elevados a patamar superior, estarão prontos para assumir posições em seus estados, mas ainda necessitados de esticar o pescoço para além de suas regiões.
Pode estar acontecendo fenômeno faz algum tempo desaparecido de nossas equações políticas, a inesperada substituição de velhos por novos personagens. Ficou evidente o anseio por mudanças, de parte do eleitorado. As eleições nacionais de 2014 confirmarão ou não essa tendência, no Congresso e nos governos estaduais.
Em suma, se não trouxeram reviravoltas inusitadas, as eleições municipais revelaram sangue novo. Quem sabe jovens garnizés no galinheiro.
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ERROS E ACERTOS
Como se comportaram as pesquisas, nas 16 capitais estaduais onde se realizou o segundo turno? Mal, apesar de os institutos, como sempre, apregoarem sucesso.
Porque idênticas previsões e resultados aconteceram, é claro, mas só em Macapá, Manaus, Campo Grande, Curitiba e São Luís. Nessas cidades, os números anunciados no fim de semana e na boca de urna foram confirmados pelas urnas, com oscilações no máximo restritas a um ponto percentual.
Mesmo depois de escorregadelas anteriores, não há dúvida de que as pesquisas refletiram a vontade do eleitorado.
Agora, dizer que acertaram diante do embuste de considerar corretas as previsões com três pontos para cima ou para baixo, só chamando o Pinóquio. Em Rio Branco, Teresina, Belém, João Pessoa, Natal e Florianópolis, foi de dois ou três pontos a diferença entre as pesquisas e os votos recebidos por vencedores e derrotados.
Mas tem mais. Erros daqueles impossíveis de ocultar, verificaram-se em São Paulo, quando há semanas Fernando Haddad nem aparecia no segundo turno e depois, para compensar, chegou a ser apontado com 17 pontos de vantagem sobre José Serra.
Aproximando-se a decisão final, só nos últimos cinco dias o companheiro obteve 60%, 59%, 58% e 57% dos votos, para chegar aos 56%, domingo.
O tucano passou de 41%, 42%, 43% até na boca da urna e recebeu 44%. Isso é acertar? Em especial diante da “explicação” de que foi o povo que mudou, que é volúvel. Será que os índices afinal revelados já não estavam decididos faz muito pelo eleitorado? Mudar, quase todo mundo muda, mas tanto assim, cheira a erros e a ajustamentos.
Em Porto Velho, as pesquisas apontavam 58% para um e 42% para outro, chegando a 64% contra 36%. Na verdade, houve empate em torno dos 50%, decidido no olho mecânico.
Em Cuiabá foi o oposto. Os números anunciados davam 50% para cada um dos candidatos. No fim, 54,6% para este, 45,3% para aquele.
Em João Pessoa divulgaram o resultado de 72% a 28% quando na verdade deu 68% a 41%.
Em Salvador, anunciaram 55% e até 56% para o primeiro colocado, e 44% para o segundo, mas o que se viu foram 53,5% para um e 46,4% para o outro.
Em Fortaleza, 51% para o primeiro e 49% para o segundo, ou até 50% para cada um. Digitados os resultados, 53% a 47%…
De qualquer forma, não se duvidará da boa vontade e muito menos da honestidade dos institutos. Apenas, contesta-se sua capacidade.
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