"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 25 de junho de 2013

A CONSTITUINTE QUE DILMA PROPÕE É IGUAL A DA VENEZUELA



"Quero lembrar aos entusiasmados que uma Constituinte exclusiva, mesmo para reforma política, poderá embutir mecanismos de “controle da mídia”, ainda que voltadas para questões eleitorais." Reinaldo Azevedo


Eis aí! Dilma veio a público propor plebiscito para Constituinte exclusiva para fazer reforma política

Começou a acontecer, mais depressa do que eu temia, o que chamei de torção à esquerda do processo político. Na reunião com governadores e prefeitos de capitais, com ar abatido como nunca, Dilma falou sobre fazer um plebiscito para se criar uma Constituinte exclusiva para a reforma política.

Taí… Vamos lá na rua, meter fogo em tocha e sapatear sobre o Congresso. É um convite e tanto para um “by pass” no Parlamento , sob aplauso de muita gente que deveria estar pedindo para aquela gente descer de lá.


Constituinte para reforma política? A chance de feitiçaria é gigantesca. Um dos consensos estúpidos entre os descolados é, por exemplo, o financiamento público de campanha — o que significa universalizar o caixa dois.

Volto ao assunto mais tarde. Não tem jeito! A melhor maneira de não se queimar é não brincar com fogo. Quero lembrar aos entusiasmados que uma Constituinte exclusiva, mesmo para reforma política, poderá embutir mecanismos de “controle da mídia”, ainda que voltadas para questões eleitorais.

Fica para depois.
 
25 de junho de 2013
Por Reinaldo Azevedo

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