O Brasil atualmente vive um período complicado onde, volta e meia, espocam sérias e profundas crises.
Estamos à beira de grave impasse na economia, apesar dos brados otimistas emanados da equipe responsável, e há no ar um indiscutível vácuo de representatividade revelado abruptamente pelas manifestações recentes e que decorre do baixo nível moral e ético da classe política.
Tal situação repercute em todas as camadas da população, colocando os valores num confuso caldeirão onde o principal ingrediente é um relativismo que tende a acentuar a taxa de decomposição, já evidente, da sociedade.
As razões desse confuso e desalentador astral residem na atmosfera de falta generalizada de confiança que começa nas ações dos agentes públicos e se ramifica para todos os alvéolos da estrutura organizacional do país, transformando o povo brasileiro numa massa descrente e até meio cínica, que a todo momento questiona "o que há por trás " das decisões e políticas postas em prática.
Por outro lado, a educação pública desassistida, nunca prioritária, está na origem do baixo nível da massa votante, resultando num processo eleitoral viciado, que garante aos corrosivos feudos políticos a eternização no poder.
Há, portanto, pouca perspectiva de mudança desse melancólico panorama.
Mesmo assim, sem reação antes que seja tarde, a esperança poderá não ser a última a morrer.
14 de agosto de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra – reformado.
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra – reformado.
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