"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 14 de agosto de 2013

LULA VAI JOGAR PESADO PARA QUE EDUARDO CAMPOS DESISTA DA CANDIDATURA PRESIDENCIAL E VOLTE A APOIAR DILMA


 
O maior problema momentâneo de Luiz Inácio Lula da Silva é a tarefa nada fácil de convencer Eduardo Campos, governador de Pernambuco, a desistir da aventura presidencial de 2014.
Lula sabe que o desfalque de Campos – não pela quantidade de votos que ele obtenha, mas pela criação simbólica de um opositor que sempre foi aliado – pode atrapalhar a complicadíssima reeleição da Presidenta.
Por isso, o Presidentro vai jogar pesado com o neto de Miguel Arraes. Eduardo que se cuide porque o jogo sujo no bastidor contra ele vai se intensificar.
Lula não vem mesmo candidato a Presidente. Se tudo der certo, ele disputa o Senado por São Paulo. Cogitar tal hipótese é assunto ainda proibido dentro do PT. Mas Lula na campanha ajudaria na tentativa de criar um novo poste: o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disputando o Palácio dos Bandeirantes contra Geraldo Alckmin – em queda de popularidade.
Por tal questão pragmática, além de garantir imunidade parlamentar e foro privilegiado, Lula não quer saber do lugar da Dilma: “Eu não sou candidato, já disse que não sou candidato, já fiz o que tinha que fazer. Agora é a hora da Dilma fazer”.
Esse foi o tom dado por Lula no lançamento da campanha reeleitoral de Rui Falcão à presidência do PT. Lula quer a militância petista retomando a ofensiva do discurso, como no passado, principalmente para defender os políticos do partido (manchados pelo escândalo do mensalão – assunto sobre o qual Lula se recusa a falar publicamente):
“O que precisamos dizer para a direção do PT é mais pé na estrada e menos bunda na cadeira. Esse país necessita, neste momento, de um partido que enfrente o debate com o povo.
O cara diz que não gosta de política, que todo mundo é ladrão. Pergunta em quem ele votou na última eleição? A imprensa passa 24 horas por dia esculhambando com político e eu fico puto quando político não reage. Eles ficam xingando a classe política. Então manda ele entrar, criar um partido político, se candidatar, porque o político decente, honesto, combativo, está nele, não está em mim. É fazendo esse desafio que a gente vai provocar a juventude a fazer política”.
O sempre sindicalista de resultados Lula passa até a mão nos erros do PT, como se fosse o eterno pai que manda no filho: “Se você quiser comparar o PT ao seu filho ou ao meu filho, você vai perceber que quando uma criança nasce a gente tem todo o controle sobre ela porque fica no colo o tempo inteiro.
Quando começa a andar, fica adolescente e fica adulto, a gente vai vendo que ele vai ficando dono do seu nariz, vai fazendo coisas boas e coisas que a gente não gosta que faça. O importante é a gente ter em conta que o PT continua sendo um grande partido, o maior partido de esquerda da América Latina, e acho que os erros que o PT comete ou que vai cometer ainda e que já cometeu são lições para que a gente acerte cada vez mais”.

Te cuida, Eduardo
O governador de Pernambuco deve se preparar para ser alvo de artilharia pesada.

Lula não aceita a candidatura dele e já começou ontem o jogo público de pressão:
 
“Eduardo Campos não me deve nenhum favor. Sou companheiro do Eduardo Campos, tenho certeza que ele é meu companheiro. Ele tem maioridade, tem um partido político, portanto não se trata de alguém trair alguém.
Se o Eduardo Campos quiser ser candidato, ele vai ter meu respeito, mas eu gostaria de conversar com ele, tenho certeza que ele vai conversar comigo. E eu acho que temos que estar juntos porque o Brasil precisa que nós estejamos juntos”.
Indignação Suprema
Ironia mortal
Do sempre mordaz escrivinhador Humberto de Luna Freire Filho, um dos mais conceituados cirurgiões neurológicos do Brasil, uma explicação plausível para mais um golpe de sorte dos mensaleiros:
“Impressionante! Os Picaretas do mensalão além de bandidos são excelentes jogadores de pragas. Conseguiram prorrogar a sessão de votação do embargo infringente matando a mulher do ministro”.
 
Escândalo nos trilhos
 
Petralhas podem ser denunciados de participação em esquemas de possíveis cartéis formados pelas empresas Alston e CAF para a compra de trens dos metrôs de Porto Alegre e Belo Horizonte – operação feita pelo governo federal.
 
A petralhada ficou PT da vida com a estratégia do governador Geraldo Alckmin de processar a empresa alemã Siemens por formação de cartel para disputar concorrências no metrô e na CPTM de São Paulo.
 
Alckmin resolveu acionar a empresa porque ela é réu confessa em investigação que corre no Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
 
Enganando o gigante dorminhoco...
 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

14 de agosto de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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