“Um país vira uma grande nação, porque uma coisa é um grande país, outra coisa é uma grande nação”, começa a aula de 55 segundos, em dilmês acadêmico, ministrada pela presidente da República no campus avançado da Universidade Federal de Alfenas. Faz sentido.
Entre outros, o Dicionário Escolar da Academia Brasileira de Letras ensina que, embora possam ser usados como sinônimos, os dois termos têm significados diferentes.
Nação é uma comunidade cujos membros possuem identidade étnica, cultural, linguística e histórica que habita um território. País é o território em que vive um povo independente, com fronteiras definidas, cultura própria e organização política e social.
O que não faz sentido é que vem a seguir. “Uma grande nação é grande porque suas… sua população é grande“, comunica Dilma Rousseff. (Não necessariamente. Os dinamarqueses, por exemplo, não são tantos quanto os brasileiros. Mas formam uma grande nação). “E… nós só podemos ser de fato um país desenvolvido, não é se o nosso PIB crescer – é também –, não é só se nós descober… descobrirmos mais riquezas, é também, mas é, sobretudo, se nós mudarmos radicalmente a qualidade da educação prestada às crianças e aos jovens deste país”, desembesta e muda espetacularmente de rumo. “E também aos adultos, porque também adulto não pode pará de estudá, não”. Não pode mesmo, confirmam os casos de Lula e Dilma.
Na mesma quarta-feira em que ministrou a aula de geopolítica, a presidente informou que acredita na existência do ET de Varginha, por quem tem muito respeito. Sumido desde 1996, quando teria aparecido pela primeira e última vez na cidade do sul de Minas, não se sabe se o misterioso extraterrestre continua por lá. Em caso positivo, o ET de Varginha provavelmente duvida da existência de um país governado por Dilma Rousseff.
10 de agosto de 2013
Augusto Nunes
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