"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 29 de maio de 2012

A MARCA ECOLÓGICA DAS NAÇÕES


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Habitantes do Catar são responsáveis pelo uso do equivalente a 11,7 hectares globais por pessoa (Reprodução/The Economist)
Em 2008 o mundo tinha terra e mar produtivos o suficiente na proporção de 1,8 hectare global por pessoa

A marca ecológica é uma medida do consumo e emissões de dióxido de carbono tanto de indivíduos como de países. Esta medida é expressa pela Global Footprint Network (GFN), uma ONG, em termos de “hectares globais” – o número de hectares de terra e mar necessários para produzir o total das quantidades de carbono consumidas e emitidas.

Isto é calculado a partir da produtividade média de seis tipos de uso do terreno (que podem se sobrepor): terra arável, floresta, pasto, áreas construídas, sequestro de carbono e áreas pesqueiras. A GFN considera que em 2008 o mundo tinha terra e mar produtivos o suficiente na proporção de 1,8 hectare global por pessoa, o último ano para o qual há dados disponíveis.

Se isso estiver certo, os humanos estão esgotando o planeta horrivelmente. Os mais perdulários do mundo são os habitantes do Catar, responsáveis pelo uso do equivalente a 11,7 hectares globais por pessoa. Os americanos são responsáveis por 7,2 hectares globais e os europeus ocidentais vão de 8,3 (Dinamarca) a 4,1 (Portugal).

O título dos consumidores mais modestos do mundo é dividido entre os afegãos, timorenses e palestinos, que consumiram ou emitiram cada um apenas 0,5 hectare global.

 
29 de maio de 2012

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