"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 29 de maio de 2012

BRASILEIROS JÁ DERAM CALOTE DE R$ 10 BILHÕES EM 2012 NA COMPRA DE CARROS


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Governo anuncia IPI reduzido para carros (Fonte: Reprodução/AE)
Governo anunciou nesta semana uma série de medidas para impulsionar o setor automobilístico

Dados do Relatório de Crédito do Banco Central mostram que os consumidores brasileiros impuseram um calote de R$ 10,1 bilhões a bancos e financeiras de janeiro a março deste ano com o não pagamento de financiamentos de carros novos e usados. São financiamentos com prestações atrasadas há mais de 90 dias.
Visando reverter o aumento do calote neste segmento, bem como ajudar a reduzir o encalhe de carros nos pátios das fabricantes, o governo anunciou nesta semana uma série de medidas para impulsionar o setor automobilístico, entre elas a redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Alto endividamento do consumidor

Entretanto, na opinião do economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e ex-diretor do Banco Central (BC), Carlos Thadeu de Freitas — que foi quem fez o cálculo do tamanho do calote no financiamento de carros nos três primeiros meses deste ano — as medidas do governo vão surtir um efeito limitado.
Ele ressalta que o endividamento do consumidor é um obstáculo ao aquecimento do setor automobilístico: “quase 23% da renda disponível está comprometida com pagamento de dívidas”. Além disso, o fraco crescimento da economia brasileira indica que a renda da população não deve aumentar a um ritmo satisfatório.

29 de maio de 2012

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