CPI do Cachoeira
Deputado Sílvio Costa (PTB-PE) usou termos fortes contra Demóstenes, ouviu crítica do senador Pedro Taques (PDT-MT) e reagiu com palavrões
Tumulto e ofensas públicas marcaram nesta quinta-feira a breve sessão de cerca de 20 minutos da CPI do Cachoeira, que encerrou antecipadamente o depoimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) após o parlamentar anunciar que iria permanecer em silêncio. Inconformado com a dispensa do senador, que optou por ficar calado como argumento constitucional para evitar a auto-incriminação, o deputado Sílvio Costa (PTB-PE) acusou Demóstenes de “hipócrita” disse que o senador veria ser cassado.
Senador
Demóstenes Torres
(Ueslei Marcelino/Reuters)
“O seu silêncio é a mais perfeita tradução da sua culpa. Esse seu silêncio escreve em letras garrafais: ‘eu, Demóstenes Torres, sou, sim, membro da quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Eu, senador Demóstenes Torres, sou, sim, o braço legislativo da quadrilha do senhor Cachoeira”, disse Sílvio Costa. “ Se o céu existir, e tenho certeza que o céu existe, o senhor não vai pro céu, porque o céu não é lugar de mentiroso, de gente hipócrita”, completou.
O protesto de Costa contra o silêncio de Demóstenes Torres foi interrompido pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), procurador da República licenciado. Taques interveio contra as ofensas dirigidas ao político goiano e disse que, mesmo sob suspeita de integrar uma quadrilha, Demóstenes não poderia ser desrespeitado.
“Todos aqui, enquanto parlamentares, devem obedecer à Constituição da República. A Constituição afirma que o cidadão, seja lá quem for, não pode ser tratado com indignidade. Não me interessa quem seja”, disse Taques.
“Pessoas morreram no mundo em razão do direito constitucional ao silêncio. Pode ser o crime mais grave, mas o princípio constitucional ao silêncio e o direito fundamental da pessoa humana de ser respeitado precisam ser respeitados”, afirmou.
Com dedo em riste, Sílvio Costa voltou ao ataque contra Demóstenes, classificando-o como “ex-futuro senador” e ironizou: “o Conar (Conselho de Autorregulação Publicitária) deveria processá-lo por propaganda enganosa”.
Ao se levantar para deixar o plenário, Sílvio Costa ainda se dirigiu a Taques, que havia interrompido seu ataque a Demóstenes, e pediu que o encarasse. “Seu demagogo, seu m..., seu m..., filho da p...”, xingou.
O tumulto levou o senador Pedro Taques a encerrar abruptamente a sessão. Leia mais
(Ueslei Marcelino/Reuters)
“O seu silêncio é a mais perfeita tradução da sua culpa. Esse seu silêncio escreve em letras garrafais: ‘eu, Demóstenes Torres, sou, sim, membro da quadrilha de Carlinhos Cachoeira. Eu, senador Demóstenes Torres, sou, sim, o braço legislativo da quadrilha do senhor Cachoeira”, disse Sílvio Costa. “ Se o céu existir, e tenho certeza que o céu existe, o senhor não vai pro céu, porque o céu não é lugar de mentiroso, de gente hipócrita”, completou.
O protesto de Costa contra o silêncio de Demóstenes Torres foi interrompido pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), procurador da República licenciado. Taques interveio contra as ofensas dirigidas ao político goiano e disse que, mesmo sob suspeita de integrar uma quadrilha, Demóstenes não poderia ser desrespeitado.
“Todos aqui, enquanto parlamentares, devem obedecer à Constituição da República. A Constituição afirma que o cidadão, seja lá quem for, não pode ser tratado com indignidade. Não me interessa quem seja”, disse Taques.
“Pessoas morreram no mundo em razão do direito constitucional ao silêncio. Pode ser o crime mais grave, mas o princípio constitucional ao silêncio e o direito fundamental da pessoa humana de ser respeitado precisam ser respeitados”, afirmou.
Com dedo em riste, Sílvio Costa voltou ao ataque contra Demóstenes, classificando-o como “ex-futuro senador” e ironizou: “o Conar (Conselho de Autorregulação Publicitária) deveria processá-lo por propaganda enganosa”.
Ao se levantar para deixar o plenário, Sílvio Costa ainda se dirigiu a Taques, que havia interrompido seu ataque a Demóstenes, e pediu que o encarasse. “Seu demagogo, seu m..., seu m..., filho da p...”, xingou.
O tumulto levou o senador Pedro Taques a encerrar abruptamente a sessão. Leia mais
Laryssa Borges
31 de maio de 2012
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