Eu não sou um entusiasta disso que chamam “Primavera Árabe”, vocês sabem. Acho que, infelizmente, é o radicalismo islâmico que está ganhando espaço nessa jornada. Custará caro. E espero, obviamente, estar errado. O fato de Bashar Al Assad ser um ditador asqueroso, a exemplo de outros que já caíram, não deve servir de pretexto para considerar aceitáveis certos métodos. Aquilo a que se assistiu na Síria nesta quarta-feira tem nome: atentado terrorista. Condescender com isso corresponde a aceitar qualquer método, inclusive os de Assad, ora essa!
Por Reinaldo Azevedo
18 de julho de 2012
É democracia o que quer a “oposição” Síria? É um regime civilizado o que pretende o tal grupo Liwa al Islam? A ousadia do atentado demonstra que o terror já está infiltrado na cúpula do poder. A tendência é o regime reagir com mais brutalidade, aumentando seu isolamento.
Hoje, a sobrevivência do presidente Sírio está nas mãos de China e Rússia — caso não seja morto num atentado ou deposto num golpe interno, hipótese remota porque a cúpula do Exército também pertence à minoria alauíta, a exemplo do presidente.
Apanhei bastante aqui quando observei, há alguns meses, que Assad enfrentava ações de caráter terrorista. A imprensa ocidental tende a ter uma visão edulcorada da tal “Primavera”.
Trata-a como se fosse um levante da sociedade civil contra um estado tirânico. Jamais se perguntou como, de repente, essa tal sociedade civil aparece munida de tanques, morteiros, fuzis…
Não é assim. Assad, o ditador, enfrenta guerra civil e o extremismo sunita, o que é uma ironia: o governo sírio é um notório financiador de grupos terroristas.
18 de julho de 2012
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