Para acelerar a fase de interrogatórios do processo do mensalão, o ministro
Joaquim Barbosa contou com a ajuda de juízes federais da primeira instância.
Delator do escândalo, o ex-deputado Roberto Jefferson foi ouvido em 12 de
fevereiro de 2008, no Rio de Janeiro, pelo juiz federal Marcello Granado.
Na metade do depoimento, transcrito em 24 páginas e anexado ao processo do
Supremo, Granado quis explicações sobre o repasse que Marcos Valério fez, no
valor de R$ 200 mil, ao PTB para ser entregue a uma funcionária da liderança do
partido da Câmara.
Segundo Jefferson, tal funcionária, de nome Patrícia, precisava de dinheiro depois da morte, em 2003, de José Carlos Martinez, então presidente da agremiação. Granado se surpreendeu com tamanha generosidade:
Juiz Marcello Granado – Esse tipo de doação, vamos dizer assim, de ajuda, totalmente gratuita, enfim… Duzentos mil reais, não estamos falando de vinte mil, de cinquenta mil.
Roberto Jefferson – Na relação da política existe isso, sim, excelência. Existe.
Granado – Acho que eu fiz o concurso errado. Ou talvez tenha feito o certo, não é?
Jefferson – Fez, sim. Fez, sim, excelência.
Segundo Jefferson, tal funcionária, de nome Patrícia, precisava de dinheiro depois da morte, em 2003, de José Carlos Martinez, então presidente da agremiação. Granado se surpreendeu com tamanha generosidade:
Juiz Marcello Granado – Esse tipo de doação, vamos dizer assim, de ajuda, totalmente gratuita, enfim… Duzentos mil reais, não estamos falando de vinte mil, de cinquenta mil.
Roberto Jefferson – Na relação da política existe isso, sim, excelência. Existe.
Granado – Acho que eu fiz o concurso errado. Ou talvez tenha feito o certo, não é?
Jefferson – Fez, sim. Fez, sim, excelência.
Roberto Jefferson
07 de agosto de 2012
Felipe Patury, ÉPOCA
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