"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

APÓS REAJUSTE, PETROBRAS PERDE ESPAÇO NAS CARTEIRAS DE AÇÕES

 

A Petrobras frustrou os investidores na semana passada ao anunciar um reajuste nos preços dos combustíveis — de 6,6% na gasolina e de 5,4% no óleo diesel — abaixo do necessário para realizar seus pesados investimentos nos próximos anos, como a exploração e produção do pré-sal.
O resultado foi a perda de R$ 18 bilhões de valor de mercado da companhia na Bolsa, efeito da queda de 5,86% na ações preferenciais (PN, sem voto) e de 6,75% nas ordinárias (ON, com voto) na semana. Sem perspectiva de novos reajustes nos combustíveis este ano, a petroleira foi colocada de lado nas apostas de analistas para fevereiro.
Em dez carteiras de ações recomendadas pelas corretoras aos clientes, os papéis da estatal aparecem em apenas duas.
Este é o menor número de indicações desde fevereiro de 2011, quando as carteiras das corretoras começaram a ser publicadas pelo GLOBO. Naquele ano, ela chegou a ter oito recomendações. No mês passado, eram quatro.
Segundo analistas, o reajuste aquém do necessário cria uma lógica perversa: quanto mais gasolina e diesel a empresa vende no país, mais dinheiro ela perde. Isso porque a petroleira precisa importar combustíveis, já que suas refinarias não produzem o suficiente para abastecer o mercado nacional. O problema é que a Petrobras tem um custo para importar os produtos maior do que a receita ao vendê-los no país.
Essa diferença, chamada defasagem, é de 13% na gasolina, segundo o Credit Suisse, já após o reajuste anunciado na terça-feira passada. No diesel, a diferença seria de 24%.
— A empresa vende mais barato por imposição do governo, que teme que o repasse do custo acelere a inflação — explica Rafael Weber, analista da Geração Futuro. — Isso afetou os resultados da empresa no ano passado e tem afastado os investidores das ações.
Os analistas que acompanham o dia a dia da Petrobras estimam que a empresa deve registrar um lucro líquido de R$ 18 bilhões a R$ 22 bilhões em 2012, o pior resultado em oito anos. O balanço da petroleira será divulgado hoje, após o fechamento da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa
 
camuflados
04 de fevereiro de 2013

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