"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

RESPOSTA AO COMENTARISTA SILVIO AMORIM SOBREALUIZIO ALVES E O SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR

 

Aluizio Alves não tomou posse no STM, Silvio Amorim, por decisão do presidente do órgão. Sarney indicou, o Senado aprovou, o presidente do STM recusou, ninguém protestou.
Quem ficou pior? O presidente da República ou o Senado? O STM tem 15 ministros. 11 militares e 4 civis.


Alves: barrado no STM

ERNESTO GEISEL NO STM

Em 1966, Costa e Silva se preparava para ser o sucessor de Castelo, em março de 1967. Golbery (já na reserva, general por causa das promoções obrigatórias) e Ernesto Geisel (general de Divisão) estavam apavorados.

Fizeram grande campanha de bastidores contra Costa e Silva, receavam represálias. Então os dois, com a cumplicidade imprescindível de Castelo Branco, armaram um plano, que o “presidente” transformou em realidade.

Geisel e Golbery queriam um cargo vitalício, onde não poderiam ser atingidos por Costa e Silva. Geisel queria o STM, que é privativo de general de 4 estrelas, ele era Exército (3). Foi promovido imediatamente, e meses depois nomeado. Em 1969, quando Costa e Silva teve o derrame, considerado “incapacitado” e substituído pelos “três patetas”, se aposentou.
E chegou a presidente.
Golbery não poderia ir para o STM, mas preenchia as condições, era general da reserva, e isso juntando as duas promoções. Foi nomeado então para o Tribunal de Contas da União. Ministro e vitalício. Em 1969 fez o mesmo que Ernesto Geisel, se aposentou. De 1969 a 1979, ninguém mais importante do que ele.

Comprou uma fazenda maravilhosa em Goiás, de lá exerceu todo o seu maquiavelismo, ou que pensava ser. Tinha tanta força, que acumulou tudo com a presidência da multinacional Dow Chemical, a maior fabricante de napalm do mundo. Milhares de pessoas foram mortas, centenas e centenas de milhares ficaram desabrigadas.

DE DENTRO DA PENITENCIÁRIA, PRESOS NEGOCIAM COM GOVERNOS

Primeiro foi São Paulo e continua: presos praticam assassinatos diários. Geraldo Alckmin. Inerte e incompetente, não faz nada e exerce o palavreado vazio. A população assustadíssima. Perdão, Alckmin não ficou omisso, demitiu o Secretário de Segurança, nomeou outro, as assassinatos continuam.

OS CRIMES DE SANTA CATARINA

Seguindo a “escolta” de São Paulo, os presos do tranquilo estado do Sul resolveram adotar a cartilha. Começaram a assassinar fazendo exigências. Negociaram, as mortes pararam por algum tempo. Voltaram, agora matam com a justificativa: “As autoridades não cumpriram o que prometeram”.
Bernard Shaw tinha razão: “Numa penitenciária, o homem mais angustiado é o seu diretor”.

14 de fevereiro de 2013
Helio Fernandes

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