Sobre a afirmação do jornalista Janio de Freitas, de que é preciso identificar o "agente" que se infiltrou entre os brasileiros que estavam exilados no Chile, há algumas coisas que devemos levar em consideração.
A infiltração de agentes da ditadura brasileira entre os exilados no Chile foi maior que no Uruguai, principalmente porque banidos foram viver lá. Há um sujeito por aí que deve explicações, porque em seu currículo público não consta que ele esteve preso ou exilado. Mas esteve no Chile e se apresentava como tal, em companhia de uma moça magra e baixinha, na faixa de idade então entre 25 e 30 anos.
Estranho é que esse indivíduo andava armado lá, de acordo com informação que me foi prestada em fevereiro de 1973 pelo Amarilio Vasconcelos, que desconfiava dele meses antes da queda do Allende.
Mais estranho é que, ainda no comecinho do governo Figueiredo, ele conseguiu ingressar no IBGE. Ora, se tinha ficha de exilado e ex-preso, dificilmente ingressaria em 1981 no IBGE, que era controlado por um cupincha do general Golbery chamado Jessé Montelo.
Indo aos finalmentes, seria o caso de se perguntar, por que o Sr. Eduardo Nunes, presidente durante oito anos do IBGE no governo Lula, omite em seu curriculum que esteve no Chile se passando por exilado e ex-preso político? Afinal, sua feição não mudou muito desde aquela época.
14 de fevereiro de 2013
Laco Silva
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