"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

DESESPERO DA IGREJA CATÓLICA BRASILEIRA LEVA DOM ODILO SCHERER A DESMENTIR BENTO XVI

 


Passando a borracha – Dizem os clérigos que mentir é pecado, que torna-se ainda maior quando um religioso falta com a verdade ou tenta travesti-la por interesses múltiplos.

Na última missa que rezou como papa, Joseph Ratzinger falou em hipocrisia da fé e divisão de poderes.

Foi diplomático ao não chamar de bandidos os que frequentam os corredores do Vaticano e desrespeitam descaradamente os mandamentos de Cristo, um dos pilares da Igreja Católica.

Bento XVI direcionou sua fala para o maior problema da Santa Sé, os escândalos de corrupção marcam a Praça São Pedro há algumas décadas. Os cardeais que participaram da missa de Cinzas sabem exatamente ao que o papa se referia.
Há uma organização criminosa intramuros que não será desbaratada tão cedo, se é que isso um dia acontecerá.

Arcebispo da diocese de São Paulo, o cardeal Dom Odilo Scherer prefere a contramão da lógica e dos fatos e afirma que Bento XVI não mandou recado algum e que inexiste divisão interna na Igreja Católica.
A fala de Scherer é explicável, não justificável, porque a Igreja Católica, que sangra por causa da saída de Ratzinger, pode perder um bom número de fiéis para as igrejas pentecostais, que no Brasil crescem e avançam em ritmo acelerado.
Religião é uma coisa, fé é outra. Religião é negócio, fé é de graça.

Dom Odilo Scherer, com todo o respeito que merece como ser humano e clérigo, não pode fechar os olhos para a realidade, por mais dura que seja.
Desde que a Opus Dei passou a controlar a Igreja Católica, o Vaticano transformou-se em um covil, o que não invalida os ensinamentos de Jesus Cristo, que, segundo os relatos históricos, jamais pregou o banditismo, a corrupção, a lavagem de dinheiro, os assassinatos por encomenda.

Dom Odilo Scherer, que é um dos candidatos com alguma chance de transformar-se em pontífice, não pode negar a conivência burra e covarde de Paulo VI com os crimes cometidos na Santa Sé. Ter como assessor Paul Marcinkus, um criminoso truculento não é bom sinal. Como também não é bom sinal nomear um integrante da Cosa Nostra, Michele Sindona, para ser assessor financeiro do Vaticano.

Dom Odilo Scherer não chegou ao comando da arquidiocese de São Paulo porque é um incauto. No íntimo o cardeal sabe os motivos que levaram Albino Luciani (João Paulo I) à morte e patrocinaram o atentado contra Karol Wojtyla (João Paulo II).

Os 119 cardeais que participarão do conclave para eleger o substituto de Ratzinger escolherão alguém que dê continuidade ao staus quo, que em vão três pontífices tentaram liquidar: Bento XVI, João Paulo II e João Paulo II.

Bento XVI foi claro, polêmico e incisivo na missa da quarta-feira de Cinzas (13), mas Odilo Scherer prefere insistir na tese de que a renúncia de Ratzinger se deu por motivos de saúde. O irmão do papa diz exatamente o contrário, afirmando que foram as transgressões que o levaram a desistir do cargo.
 Clique e confira o cenário que levou Joseph Ratzinger a abreviar o seu pontificado.

14 de fevereiro de 2013
ucho.info

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