O brutal atentado de 11 de setembro, de 2001, expôs uma das faces mais temidas da violência globalizada: o terror. E assim, ao susto e à dor provocados pelo ataque às torres do World Trade Center e ao prédio do Pentágono seguiram-se o medo e a insegurança do povo norte-americano, justamente os dois sentimentos sobre os quais o terror lança seus tentáculos para produzir a dominação de determinados grupos ou de todo um povo.
Viver com medo é tornar-se escravo e foi esta escravidão psicológica que Osama Bin Laden, misto de fanático e psicopata prometeu aos Estados Unidos depois de ter assumido a autoria dos atentados.
Bin Laden já foi despachado deste mundo pela ação espetacular dos Estados Unidos sob o comando do presidente Barack Obama, mas de certo modo sua figura sinistra paira sobre intenções hediondas onde se misturam perigosamente religião e ideologia da dominação.
Lembremo-nos que terror significa a espera de um inimigo sem face, que ataca sem se fazer anunciar e em lugares inesperados e, assim, outras tentativas de morticínio indiscriminado foram feitas.
No Natal de 2009, um nigeriano convertido ao islamismo radical tentou explodir um avião que ia para Detroit, Felizmente o explosivo falhou. Em maio, de 2010, a polícia impediu que um carro-bomba, armado por um paquistanês treinado no terrorismo, causasse tremendo estrago seguido de mortes em Time Square, no coração de Nova York.
Infelizmente, no dia 15 deste abril, em Boston, durante a maratona que sempre ocorre no Dia do Patriota, bombas explodiram matando duas jovens, uma chinesa, uma norte-americana e um menino norte-americano de apenas oito anos, mutilando pessoas que perderam pernas e braços.
O atendimento às vitimas foi rápido e eficiente através de médicos, enfermeiros e ambulâncias, coisa que dificilmente aconteceria no Brasil, como foi célere a identificação dos autores do brutal atentado. Eram eles os irmãos de origem chechena, Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, morto em tiroteio com a polícia e Dzhokhar Tsarnaev, 19 anos, capturado e hospitalizado com ferimentos dos quais já está se recuperando.
Os irmãos foram cooptados, e aqui me permito usar expressão de Gilles Lapouge, pela “quintessência do islamismo mais enlouquecido”, que faz a cabeça de jovens em qualquer parte do mundo os convertendo em terroristas cuja missão é destruir o “Grande Satã Branco”. Note-se que Dzhokhar afirmou que “ele e o irmão foram motivados pelas guerras no Iraque e no Afeganistão e por crenças religiosas que deveriam abraçar numa guerra santa contra os Estados Unidos”. (Folha de S. Paulo, 24/04/2012).
Como os terroristas e sua família emigraram para os Estados Unidos passando a usufruir de todos os benefícios da maior democracia mundial, há de se convir que como eles outros bárbaros estão intramuros e pretendem minar por dentro a civilização ocidental, cuja maior expressão é o país norte-americano.
Certamente, como em setembro de 2001, quando a esquerda brasileira se regozijou com o brutal atentado às torres gêmeas e ao Pentágono, houve por aqui aplausos ao ato terrorista perpetrado em Boston. Atitude que certamente pode ser classificada como imbecilidade ideológica, a menos que o PT e seus seguidores sejam coerentes e se convertam ao Islamismo radical. Entretanto, não vislumbro Dilma Rousseff e suas ministras usando burca.
Também deve causar euforia aos nossos imbecis ideológicos a crítica da imprensa norte-americana ao FBI, que não deu ouvidos ao alerta russo de que Tamerlan, apesar de ter cidadania norte-americana seria perigoso por suas ligações com o islamismo radical. Agora o FMI está sendo chamado ao Congresso dos Estados Unidos para dar explicações sobre sua falha.
Contudo, chega a ser risível o rigor de nossas esquerdas com a segurança, uma vez que no Brasil a violência campeia, a grande maioria dos crimes não é elucidada, nada é feito para evitar as anunciadas catástrofes naturais ou acudir as vítimas.
Acrescente-se que no momento toma forma mais clara a ditadura petista, na medida em que o PT já consegue ou ensaia as seguintes manobras:
Reiteradas tentativas de censura total da mídia. Protelação infinita do julgamento do Mensalão e isolamento do ministro Joaquim Barbosa. Impedimento da criação de novas siglas partidárias, afim de que Rousseff seja reeleita no primeiro turno em 2014. Perda do poder de investigações da parte do Ministério Público. Tentativa, por enquanto frustrada, de submeter decisões do STF ao Congresso, sendo que o Parlamento já está dominado.
Portanto, vai crescendo a imposição da barbárie petista à civilização brasileira. Daqui a pouco Lula poderá declarar triunfante, quem sabe em ingreis no unhorque taime: “Quem manda nessa bagaça sou eu e fim de papo”.
26 de abril de 2013
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga
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