'Vamos cumprir todos os trâmites legais, o que levaria tudo isso a uma nova eleição', disse opositor
CARACAS — Com o fim do prazo dado por ele para que o Conselho Nacional Eleitoral anunciasse como seria realizada a auditoria dos votos na Venezuela, o opositor Henrique Capriles afirmou que pedirá a impugnação das eleições.
Ele exige a ampliação da auditoria de 46% das mesas que não foram certificadas nas eleições presidenciais do último dia 14 de abril, e alega que mais de 3.000 mil irregularidades foram denunciadas pelos membros do Comando Simón Bolívar.
O presidente Nicolás Maduro derrotou o adversário com uma vantagem de menos de 2% do total de votos.
- Vamos cumprir todos os trâmites legais, o que levaria tudo isso a uma nova eleição - afirmou Caprlies, que destacou que não participará da auditoria "falsa" do CNE.
O opositor disse que irá ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) como parte dos mecanismos legais necessários do processo de impugnação e não porque acredite no sistema judicial.
- O que aconteceu aqui irá se espalhar pelo mundo - disse ele, ressaltando que Maduro roubou as eleições. - Os votos anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral não são os votos obtidos por Maduro.
Nesta quinta-feira, em meio a uma perseguição contra dirigentes da oposição, acusados de incitar violência após a contestada eleição que levou ao poder o presidente Nicolás Maduro, autoridades venezuelanas disseram ter detido o americano Timothy Hallet Tracy, de 35 anos. Ele é acusado de ser um espião dos Estados Unidos e pagar grupos de jovens venezuelanos para realizar atos de violência como parte de um plano para desestabilizar o país.
Emmet Tracy, pai de Timothy, negou que seu filho seja um espião e disse que ele estava no país desde o ano passado com amigos da Universidade de Georgetown. A embaixada americana não se pronunciou sobre o caso.
A ação, de acordo com o presidente Nicolás Maduro, faz parte de uma “segunda emboscada” contra a Venezuela. Ontem ele passou a atacar mais fortemente o candidato opositor Henrique Capriles, aderindo a uma campanha que o chama de assassino.
26 de abril de 2013
O Globo
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