Oxímoro ou paroxismo é uma figura ou vício de linguagem. Caracteriza-se por colocar, juntos, termos antagônicos, de sentido oposto, que parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, geralmente em poesias ou ironias, reforçam a expressão ou a ideia, como: obscura claridade/ silêncio eloquente/ inocente culpa/ ilustre desconhecido/ silêncio ensurdecedor/ instante eterno/ é proibido proibir/ entediou-me até às lágrimas/ Devagar que tenho pressa/....
Podemos, então, dizer que o Brasil é um país oxímoro, pois tem vários termos e idéias antagônicas, que se anulam mutuamente, como: a prostituta feliz; o país é de todos; a Comissão de Ética no Congresso; o intelectual petista; a presidente gerentona; o índio trabalhador; os agricultores do MST; os direitos humanos das vítimas; os representantes do povo; a inflação dominada; o rigor fiscal; o PAC acelerado; a Justiça cega; o ”companheiro” concursado; os gastos públicos controlados; a moeda valorizada; Lula doutor honoris causa; a coalizão de partidos; Prestes, o cavaleiro da esperança; a competitividade comercial brasileira; petista é progressista; investimentos privados para construir/reformar estádios; médicos cubanos e índios paraguaios; a crise é marola;
E tem mais: a democratização da imprensa; o desarmamento geral; a autossuficiência na produção de petróleo; ordem e progresso; o direito de se manter calado; juízes mal-alimentados; Tiririca na Comissão de Educação e Cultura do Congresso; Comissão da Verdade; Ronaldinho homenageado na Academia Brasileira de Letras; passeatas por apenas 20 centavos; presunção da inocência; “o PT não rouba e não deixa roubar”; “estou cada vez mais convencido da minha inocência”; “pior do que está, não fica!”;.......
O pior é que fica! E já está ficando! Pobre país oximoro!
17 de junho de 2013
Luiz Sérgio Silveira Costa é Almirante reformado.
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