"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 12 de julho de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Minoritários temem que governo os dilua quando reconverter dívida bilionária da Eletrobrás com BNDES
 
Investidores minoritários da Eletrobrás sinalizam mais um golpe da União (acionista majoritária) contra a empresa: uma futura “capitalização” de mentirinha, feita na base de reconversão de dívidas e na venda de ativos importantes da empresa, para diluir e aniquilar os acionistas de menor expressão, abrindo espaço para grandes grupos de interesse regional que desejam assumir negócios de energia hoje em poder da estatal de economia mista.

Essa é a interpretação de investidores minoritários para justificar o draconiano empréstimo de R$ 2,5 bilhões do BNDES, no final de junho. O dinheiro caríssimo (tomado a uma taxa usurária de selic + 2,5% ao ano) vai ajudar no pagamento de dividendos aos acionistas. Curiosamente, quem receberá a fatia gorda da grana é a União (acionista majoritário que precisa de recursos para fazer o milagre do superávit fiscal) e, também, o próprio BNDES que emprestou os bilhões para “capital de giro” da Eletrobrás.

Os minoritários já pensam em denunciar, na Justiça, essa nova jogada do governo. Segundo eles, este é mais um mecanismo para enfraquecer, propositalmente, a empresa, depois da tungada de R$ 9 bilhões no faturamento da Eletrobrás, por causa da Medida Provisória 579 (de 11 de setembro de 2012), rapidamente transformada na Lei 12.783/2013. A regra deverá causar uma perda patrimonial superior a R$ 17 bilhões à Eletrobras.

Investidores desconfiam que a “lógica” do governo para “enfraquecer” a Eletrobrás é para fatiá-la, futuramente, entre corruptos esquemas aliados. Na visão deles, este foi o motivo pelo qual a “gerentona” Dilma Rousseff mandou promover a desastrosa assembleia Geral Ordinária de 3 de dezembro, prorrogando os contratos de concessão que detonaram o caixa da empresa. A decisão de mexer nos contratos de concessão não foi baseada em nenhum estudo independente.

Alvos da privataria

Só a briga intestina com o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pode atrapalhar a Dilma da Silva na ideia de criar uma holding para juntar as distribuidoras de energia das regiões Norte-Nordeste, preparando-as para a privataria petralha.

O plano é a alienação de pelo menos 51% das ações de seis distribuidoras: Amazonas Energia, Eletrobras Acre, Rondônia, Roraima, Piauí e Alagoas.

Claro, os petralhas e os parceiros políticos regionais, certamente através de "laranjas", vão comprar as empresas que hoje levam fama de mal geridas e deficitárias, mas que darão lucro na hora em que estiverem nas mãos deles...
Investidores minoritários da Eletrobrás pensam em barrar tais negociatas na Justiça.

Ministro Long Neck?

 

O filho do General Oliva está com tudo e não está prosa como o Super-Ministro da Dilma...
 
Dinheiro sobrando nos bancos

Os grandes bancos estão com “excesso de liquidez”.

No entanto, quem precisa de crédito não encontra qualquer facilidade – a não ser nos bancos “estatais”.

Os bancos vão criar dificuldades para emprestar, até que se tenha certeza do tamanho da crise que se avizinha.

O governo sabe que existe a “sobra” de dinheiro, mas não deseja comprar briga com os banqueiros agora, neste momento de hiperdesgaste político.

 




Investimento em protestos

É muito bacana o sindicalismo de resultados tupiniquim.
Pagar de R$ 50 a R$ 100 para cada manifestante que segurasse bandeiras de centrais sindicais ou de sindicatos parece um bom investimento.

Para comprovar o quanto “mobilizações” pode ser uma grande farsa política.





Séria piada burocrática

Circulam nas redes sociais frenéticos comentários sobre uma das muitas aberrações burocráticas da gestão petista – especializada em aparelhar a máquina estatal.
Todo mundo quer saber para que serve o cargo em comissão ocupado por Alvaro Henrique Baggio.

Ele é “Chefe de Gabinete do Chefe do Gabinete Pessoal da Presidenta da República”.

Mas em um governo em que o Chefão manda na Chefe deve ser normal ter cargos como o “chefe do chefe”...
 

Noticiário do caos

 



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

12 de julho de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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