Com base nos dados abaixo é possível concluir que a Venezuela vai ser arrastada rapidamente para as últimas posições do risco país, algo semelhante a Congo, Somália e outros do gênero.
Senão vejamos.
Senão vejamos.
Serão mais de 12 bilhões de dólares adicionados (quem vai financiar não se sabe) aos já aprovados 18 bilhões este ano, uma alta de 65% na dívida total do país, em seis meses. Quanto vai ser até o final do ano?
O orçamento (fictício) do país é de 63 bilhões de dólares, e os dólares adicionais são essenciais para pagar importações de gêneros de toda necessidade, já que a economia do país está praticamente destruída, graças aos gênios econômicos de Chávez e aspones disciplinados.
O governo diz que com isso se fará o pagamento da dívida (ou seja, dívida rolando dívida) e também obrigações com despesas sociais (a miríade de programas para faixas da população, como se faz no Brasil, outro país tão generoso com os pobres quanto o é para os ricos, no caso da Venezuela a chamada boliburguesia, os apaniguados do regime, que parece frenéticos no enriquecimento individual antes que a casa venha abaixo).
De quanto serão os juros para os novos títulos a serem emitidos pelo governo? Supõe-se que a PDVSA já não dispõe do mesmo crédito nos mercados externos, mas serão poucos os países dispostos a emprestar novos recursos ao governo venezuelano, pois temem um (inevitável) calote, como já ocorreu com a Argentina e tantos outros (never mind Grécia).
A China já deve ter se comprometido com algo próximo a 20 bilhões de dólares, a serem pagos em petróleo nos próximos dez anos. Mas será que a Venezuela vai ter petróleo para exportar para a China?
Não gostaria de ser arauto da catástrofe, mas o cenário venezuelano é tão previsivelmente desastroso que é impossível não ser pessimista neste caso.
E como ficam os financiamentos oficiais brasileiros e as vendas de bens brasileiros por empresas privadas?
Provavelmente vamos tomar calote, também...
Pobre povo venezuelano...
12 de julho de 2013
Paulo Roberto de Almeida
Paulo Roberto de Almeida
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