"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 12 de julho de 2013

O TIGRE DE PAPEL VERMELHO


 
Um balanço da manifestação organizada pelas centrais sindicais, todas elas ligadas diretamente ao PT, serve para dar a dimensão real do próprio PT. O nível de adesão foi diminuto, conforme atesta reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. Tanto é, conforme noticiam os jornais desta sexta-feira, os sindicatos petistas pagaram até R$ 70,00 (segundo a Folha de S. Paulo desta sexta) para pessoas figurarem como manifestantes na av. Paulista.
Quando o Lula e seus sequazes ameaçam colocar o povo na rua, por meio da mobilização dos tais movimentos sociais, como MST, MPL, UNE e correlatos, trata-se de uma farsa e marquetagem mentirosa.
E notem que até a noite desta quinta-feira a maioria dos veículos da grande mídia ainda falava em 'greve geral'. Que greve? Onde? 
A verdade é que o chamado do PT à greve foi alimentado à farta pelo jornalismo de aluguel que domina as redações da esmagadora maioria dos meios de comunicação. Até o gigante Jornal Nacional foi generoso em reportar aquela que seria uma greve geral e uma grande manifestação.
Em São Paulo, que é a maior capital do Brasil e um dos maiores aglomerados populacionais do mundo, cuja área metropolitana tem população estimada em 19 milhões de habitantes, o número de manifestantes na av. Paulista, o ápice do evento, reuniu cerca de 7 mil pessoas.
Tudo não passou de ilusão. Tanto é que o chefão do PT, o famigerado Lula, que gosta de insuflar a luta de classes trepado no caminhão da CUT, não apareceu. Aliás, ninguém sabe ao certo onde anda o falastrão de Garanhuns.
Pelas redes sociais nesta madrugada, afirmam que o PT está sendo vítima da Lei de Murphy e não há nada que sinalize no horizonte que possa escapar dessa maldição. Seja como for, o fato é que os manifestantes espontâneos sem ligação partidária que saíram às ruas recentemente disseram não à armação do PT com sua manifestação chapa branca. Isto quer dizer objetivamente que a maioria do povo disse não ao PT! As pessoas foram trabalhar ou ficaram em casa.
Transcrevo abaixo matéria do site do Estadão que faz um rápido balanço a propalada 'grande manifestação' de força das centrais sindicais e movimentos sociais do PT. Comprova-se, pelo que ocorreu, que o PT vem blefando há 33 anos, quando foi fundado pelos sindicatos que hoje tentaram fazer uma grande manifestação.
O que ficou evidenciado é que o PT não passa de um tigre de papel. Está no poder porque tem o apoio do PMDB, do qual permanece refém e, como não poderia deixar de ser, dos jornalistas companheiros que atuam na maioria dos veículos da grande mídia. Leiam:
O Dia Nacional de Lutas, organizado por nove centrais sindicais em todo o País, levou manifestantes novamente às ruas nesta quinta-feira, 11, em 26 capitais e no Distrito Federal, mas em proporções bem menores que os protestos espontâneos iniciados no dia 6 de junho e propagados pelas redes sociais.
Com o foco em pautas trabalhistas – o fim do fator previdenciário (fórmula usada pela União no cálculo de aposentadorias), redução de jornada de trabalho e contra a terceirização de profissionais –, as manifestações só tiveram maior visibilidade nas cidades em que também houve paralisação dos serviços de transporte público, como em Porto Alegre, Belo Horizonte e Vitória. Trechos de pelo menos 48 estradas foram bloqueados em 18 Estados.

Em São Paulo, o dia foi atípico não pelos protestos em si, mas pelo temor dos efeitos que pudessem causar. O trânsito fluía. Parecia manhã de domingo. Ônibus e metrôs funcionaram vazios. Pela manhã, a capital registrou apenas 11 km de congestionamento, quando a média normal supera 10o km. À tarde, na Paulista, dirigentes das centrais fizeram discursos e concentraram as críticas na política macroeconômica.

No Rio, o clima foi de tensão, com brigas entre sindicalistas e grupos de pessoas que se intitulam anarquistas. Houve confronto com a polícia no centro carioca e 20 pessoas foram detidas. Policiais usaram gás lacrimogêneo e um grupo ateou fogo em lixos nas ruas.
 
Do site do jornal O Estado de S. Paulo
 
12 de julho de 2013
in aluizio amorim

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