"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 13 de agosto de 2013

UM PAQUIDERME AMEAÇA A ESCOLA PRIVADA

GOVERNO AMEAÇA A ESCOLA PRIVADA COM O PAQUIDERME INSERIDO NO PROJETO DE LEI 4.372/2012
Com o slogan falacioso de que “a educação é um direito do cidadão e um dever do Estado”, o governo brasileiro procura abarcar toda a educação de modo a incutir no ensino suas próprias ideias.
 
Nesse sentido é muito preocupante o projeto de lei proposto pelo governo que se encontra tramitando na Câmara dos Deputados
 
 
Tal projeto visa criar um novo paquiderme estatal, o INSAES (Instituto Nacional de Supervisão e Avaliação da Educação Superior) para controlar o ensino particular
 
Entre suas muitas atribuições está a de interferir nos processo de credenciamento das escolas superiores, mediante “pareceres”. Pode ainda decretar intervenção e designar interventor para essas escolas, além de constituir e gerir um sistema público de informações cadastrais de instituições, cursos, docentes e discentes
 
E o poderia passar por inacreditável acontece, pois o projeto tramita em regime de prioridade e poderá ser aprovado apenas nas comissões, sem passar sequer pelo plenário. 
 
Para que esse paquiderme possa se mover, fica ainda criado um Plano de Carreiras e Cargos do INSAES, com inúmeros cargos que servirão de cabides de emprego para apaniguados do governo. Ademais são criadas diversas taxas para alimentar o elefante branco, que em boa medida será sustentado por suas próprias vítimas, os institutos de ensino particulares.
 
A respeito dessa ameaça ao ensino particular, o Prof. Ademar Batista Pereira, presidente da Federação dos Estabelecimentos Particulares de Ensino da Região Sul, comentou em artigo intitulado “A estatização da escola privada”(OESP, 1-1-13), o que segue.

“Nos últimos dez anos, o MEC e seus burocratas emitiram milhares de portarias, enviaram grande número de projetos de lei ao Congresso Nacional e alteraram outras tantas, sempre com a desculpa de que a escola privada precisa ser avaliada. Na prática, vêm invadindo a liberdade da escola privada.
 
“A cartada final está no Congresso, com o Projeto de Lei nº 4.372/2012, que pretende criar mais um órgão público. Trata-se da maior aberração jurídico-política dos burocratas do MEC”, que “reserva à escola privada uma verdadeira estatização”.
 
“Para a iniciativa privada a proposta do governo prevê de multas até intervenção, com retoques de perversidade, como o pagamento de altíssimas taxas para sustentar a burocracia e comprometer a gerência financeira das escolas”.

13 de agosto de 2013
Gregório Vivanco Lopes é advogado e colaborador da Agência Boa Imprensa (ABIM)

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