"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 13 de agosto de 2013

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Mercado interpreta que proposta de subir gasolina é jogo de cena para esconder briga interna na Petrobrás
 
O velho e repetitivo papo furado sobre aumento dos combustíveis (sempre com preços supostamente defasados, porém caríssimos para o consumidor) atende ao objetivo tático de desviar a atenção sobre uma guerra política interna na Petrobrás. Foi o poderoso diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, e não a “presidente” Graça Foster (amiga da Presidenta Dilma) quem veio a público defender que a empresa precisa de reajustes de preços da gasolina e do diesel, até o final do ano, para financiar seus investimentos. Eis a interpretação de investidores minoritários da Petrobrás.
A retórica de Barbassa tem o objetivo imediato de tentar acalmar os investidores da empresa. Não por causa de possíveis perdas ou por atraso em investimentos (que o mercado já prevê há muito tempo). Na verdade, Barbassa tenta dar uma demonstração pública de força no momento em que a empresa é alvo de acusações de que tem esquemas internos para beneficiar a cúpula do PMDB. O temor interno na Petrobrás é que venha à tona denúncia semelhante em relação ao PT – atingindo diretamente Barbassa – que seria um homem de confiança de Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielli.

Nos bastidores do poder na Petrobrás, comenta-se, abertamente, que a Presidenta Dilma Rousseff e sua amiga Graça Foster são obrigadas a engolir Barbassa – considerado, pela maioria dos investidores internacionais, como o verdadeiro “presidentro” da petrolífera controlada majoritariamente pela União, mas que sempre obedece às determinações da Oligarquia Financeira transnacional. Barbassa também é homem de confiança de Guido Mantega, o ministro da Fazenda que também preside o Conselho de Administração da Petrobrás.

Quando assumiu a presidência da Petrobrás, Maria das Graças Foster quis substituir o diretor financeiro. Mas não teve sucesso por motivos óbvios. Barbassa é o elo da Petrobrás com bancos que fazem a rolagem da crescente dívida da empresa. A chamada alavancagem (endividamento crescente em relação ao patrimônio) é uma das maiores dores de cabeça para os gestores da petroleira.

Desastre de trem

O trem-bala, ferrorama faraônico da Dilma, praticamente descarrilou de vez, com o novo adiamento da concorrência de sua construção.

Por ironia do destino, Dilma foi vítima da petralhice – que promoveu uma onda denuncista contra o PSDB, questionando negócios do Metrô de São Paulo com as empresas Alston e Siemens.

Embora a francesa tenha manifestado interesse em participar do edital de licitação, a empresa alemã e a espanhola Renfe pediram o adiamento do negócio que teria um absurdo custo inicial de R$ 38 bilhões.

Frente necessária

Para dar voz aos fabricantes regionais de bebidas frias do Brasil, será lançada, hoje, 13 de agosto, às 17 horas, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Brasileira de Bebidas.

O presidente da entidade que reúne os fabricantes (a Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, destaca que as principais reivindicações para o setor de bebidas são um sistema tributário proporcional e moderno; concorrência justa; e incentivo à produção nacional e à geração de empregos e renda:
 
“O acúmulo de capital e a consequente formação dos grandes oligopólios fazem com que a concorrência entre as pequenas e grandes empresas de bebidas seja extremamente desleal. Dessa forma, os fabricantes regionais são obrigados a se deparar com o abuso de poder econômico das multinacionais como, por exemplo, os contratos de exclusividade com os pontos de venda, em que o consumidor também é fortemente lesado com preços elevados e baixa diversificação de produtos”.
 
Mais detalhes no site da entidade: http://frentebebidasbrasil.org.br/

Não tem remédio


O Show tem que continuar...

Perguntinha idiota

O Supremo Tribunal Federal não encontra clima para discutir, imediatamente, a revisão sobre as condenações impostas aos réus na Ação Penal 470.

Por isso, diante do alto risco de os mensaleiros acabarem beneficiados com penas mais brandas, e das graves denúncias contra o vice-Presidente da corte suprema, apontado por um auditor do Tribunal Superior Eleitoral como o líder de manobras internas para proteger os interesses do PT, cabe a pergunta ainda sem resposta:

Quem vai apurar denúncia de que Lewandowski manipulou parecer técnico por interesse político?

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.

13 de agosto de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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