"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 13 de agosto de 2013

MADURO PEDIRÁ AUTORIZAÇÃO PARA GOVERNAR POR DECRETO

 
CARACAS, 13 Ago (Reuters) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na segunda-feira que vai buscar a aprovação de uma lei que lhe conceda poderes especiais e permita governar por decreto para tentar combater a corrupção que tem afetado a sua popularidade.

O ex-presidente Hugo Chávez, que morreu em março, governou durante vários meses sob amparo de leis conhecidas como "habilitantes", que permitiam a ele baixar decretos sem a necessidade de aprovação pela Assembleia Nacional.

Desde que tomou posse há quatro meses, Maduro tem liderado uma "guerra contra a corrupção", em que 50 pessoas foram detidas nas última duas semanas. No entanto, nenhum ministro ou alto dirigente do partido governista foi detido até o momento.

Com a popularidade atingida pela alta inflação, o crime e a escassez de produtos, o sucessor de Chávez busca adotar a bandeira da luta contra a corrupção após uma apertada vitória na eleição de abril.

"Vou convocar uma emergência nacional na luta contra a corrupção e vou pedir poderes especiais para adotar um processo de reforma das leis e de mudança da institucionalidade", disse Maduro, em uma cerimônia pública transmitida em cadeia nacional de rádio e TV.

"Se é necessário mudar todas as leis para enfrentar a corrupção, irei fazer", acrescentou o presidente, de 50 anos.

Para conseguir uma lei habilitante, o governista precisa de três quintos do Parlamento, ou 99 deputados, e atualmente o governo conta com 98 parlamentares.

13 de agosto de 2013
(Reportagem de Diego Oré)

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