As pesquisas do Datafolha Globo publicadas na edição de sábado 21 da Folha de São Paulo, comentadas por Ricardo Mendonça e Ítalo Nogueira, definiram os quadros básicos das eleições para prefeituras de diversas capitais, especialmente São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. As principais e que podem apresentar reflexos nacionais em relação à sucessão presidencial de 2014.
Daí por exemplo, o empenho de Dilma Rousseff quanto a Belo Horizonte, em favor de Patrus Ananias contra Márcio Lacerda, candidato de Aécio Neves. Mais uma prova de que vai disputar a reeleição, enfrentando o senador mineiro, cujo nome já foi lançado no PSDB pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mas o problema das eleições municipais não termina aí. Em São Paulo, José Serra, embora lidere, não está tão firme como parecia no início da campanha. Alcançou 30 pontos em março, subiu para 31 em junho, desceu para 30. Está batendo no mesmo lugar. Parece ser esse seu primeiro teto no primeiro turno. Fernando Haddad chegou a 8% em junho, mas apesar do apoio entusiasmado de Lula, recuou para 7.
O efeito Maluf funcionou negativamente. Em junho Celso Russomano estava com 21. Atingiu 26. Foi o único a ganhar terreno. Uma ameaça tanto para José Serra quanto para Luis Inácio Lula da Silva. Está difícil Haddad decolar.
Em Belo Horizonte polarizou-se a disputa. Márcio Lacerda com 44, Patrus Ananias com 27. Não há mais ninguém no páreo. Vanessa Portugal tem apenas 4 pontos. No Rio, Eduardo Paes, hoje, está absoluto com 54 % das intenções de voto. Em segundo, distante, Marcelo Freixo com 10. Rodrigo Maia tem 6, Otávio Leite 4. Pode não haver segundo turno. Mas, se houver, será com Marcelo Freixo. O único que pode progredir. Basta compulsar os índices de rejeição.
É claro que todo este panorama que estamos desenhando pode se alterar com o horário eleitoral na televisão e no rádio que começa na semana final de agosto. Em São Paulo, Lula vai aparecer firme na tela no esforço para alavancar Haddad, candidato que inventou, ultrapassando a candidatura natural da senadora Marta Suplicy. Mas se existe essa possibilidade, temos que considerar também que a TV não pode produzir milagres.
Na cidade do Rio de Janeiro, há um aspecto diferente. Em São Paulo e Belo Horizonte, os principais candidatos são conhecidos de todos os eleitores, praticamente. Entre os cariocas, 99% conhecem Eduardo Paes; 79% Rodrigo Maia; 67% Otávio Leite, mas apenas 50% sabem quem é Marcelo Freixo.
Um dos integrantes de sua campanha, o economista Filipe Campello, me disse que o deputado do PSOL está firme no meio universitário e nas áreas de classe média. Mas, numa visita que realizou à Feira de São Cristóvão, poucos sabiam quem era. Neste ponto, penso eu, houve uma falha na preparação e na organização. Organizada está a campanha de Eduardo Paes, incluindo o apoio de Dilma Rousseff. No Rio, terá que ser avaliada a influência ou não, nas urnas de outubro, da disposição anunciada por Sérgio Cabral de renunciar ao governo do estado, no final de 2013.
O panorama é este. Pode mudar, mas alterações nas principais colocações não são prováveis. Surpreende o quadro de Curitiba. O atual prefeito Luciano Ducci, com apenas 23 pontos, é batido pelo deputado Ratinho Junior com 27. Espanta também a fraqueza do PT em Porto Alegre: Adão Vilaverde somente com 3 %. José Fortunati, do PDT, lidera com 38. Manuela D’Avila em segundo com 30, pelo PC do B. O que está acontecendo? O governador Tarso Genro é do PT. Nunca o Partido dos Trabalhadores teve um desempenho tão fraco na capital gaúcha.
Daí por exemplo, o empenho de Dilma Rousseff quanto a Belo Horizonte, em favor de Patrus Ananias contra Márcio Lacerda, candidato de Aécio Neves. Mais uma prova de que vai disputar a reeleição, enfrentando o senador mineiro, cujo nome já foi lançado no PSDB pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Mas o problema das eleições municipais não termina aí. Em São Paulo, José Serra, embora lidere, não está tão firme como parecia no início da campanha. Alcançou 30 pontos em março, subiu para 31 em junho, desceu para 30. Está batendo no mesmo lugar. Parece ser esse seu primeiro teto no primeiro turno. Fernando Haddad chegou a 8% em junho, mas apesar do apoio entusiasmado de Lula, recuou para 7.
O efeito Maluf funcionou negativamente. Em junho Celso Russomano estava com 21. Atingiu 26. Foi o único a ganhar terreno. Uma ameaça tanto para José Serra quanto para Luis Inácio Lula da Silva. Está difícil Haddad decolar.
Em Belo Horizonte polarizou-se a disputa. Márcio Lacerda com 44, Patrus Ananias com 27. Não há mais ninguém no páreo. Vanessa Portugal tem apenas 4 pontos. No Rio, Eduardo Paes, hoje, está absoluto com 54 % das intenções de voto. Em segundo, distante, Marcelo Freixo com 10. Rodrigo Maia tem 6, Otávio Leite 4. Pode não haver segundo turno. Mas, se houver, será com Marcelo Freixo. O único que pode progredir. Basta compulsar os índices de rejeição.
É claro que todo este panorama que estamos desenhando pode se alterar com o horário eleitoral na televisão e no rádio que começa na semana final de agosto. Em São Paulo, Lula vai aparecer firme na tela no esforço para alavancar Haddad, candidato que inventou, ultrapassando a candidatura natural da senadora Marta Suplicy. Mas se existe essa possibilidade, temos que considerar também que a TV não pode produzir milagres.
Na cidade do Rio de Janeiro, há um aspecto diferente. Em São Paulo e Belo Horizonte, os principais candidatos são conhecidos de todos os eleitores, praticamente. Entre os cariocas, 99% conhecem Eduardo Paes; 79% Rodrigo Maia; 67% Otávio Leite, mas apenas 50% sabem quem é Marcelo Freixo.
Um dos integrantes de sua campanha, o economista Filipe Campello, me disse que o deputado do PSOL está firme no meio universitário e nas áreas de classe média. Mas, numa visita que realizou à Feira de São Cristóvão, poucos sabiam quem era. Neste ponto, penso eu, houve uma falha na preparação e na organização. Organizada está a campanha de Eduardo Paes, incluindo o apoio de Dilma Rousseff. No Rio, terá que ser avaliada a influência ou não, nas urnas de outubro, da disposição anunciada por Sérgio Cabral de renunciar ao governo do estado, no final de 2013.
O panorama é este. Pode mudar, mas alterações nas principais colocações não são prováveis. Surpreende o quadro de Curitiba. O atual prefeito Luciano Ducci, com apenas 23 pontos, é batido pelo deputado Ratinho Junior com 27. Espanta também a fraqueza do PT em Porto Alegre: Adão Vilaverde somente com 3 %. José Fortunati, do PDT, lidera com 38. Manuela D’Avila em segundo com 30, pelo PC do B. O que está acontecendo? O governador Tarso Genro é do PT. Nunca o Partido dos Trabalhadores teve um desempenho tão fraco na capital gaúcha.
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