JULGAMENTO DO MENSALÃO E A PARTICIPAÇÃO DE LULA E
DIRCEU
SERÁ
QUE O STF IRÁ CHAMAR RICARDO KOTSCHO PARA DEPÔR, ESTE QUE FOI ASSESSOR DE
IMPRENSA DO PLANALTO E TESTEMUNHOU AS NEGOCIAÇÕES DO MENSALÃO, CONFORME CONTA EM
SEU LIVRO BIOGRÁFICO LANÇADO EM 2006?
SEI QUE
TESTEMUNHAS NÃO SERÃO MAIS OUVIDAS. MAS PELO MENOS ESTE TESTEMUNHO CONSTARÁ DOS
AUTOS?
Texto na íntegra e copiado do livro lançado por Kotscho para evitar desvios em seu entendimento
DO GOLPE AO
PLANALTO
(início página
222 – passa à 223 / capítulo “RUMO À VITÓRIA)
Descrição de
episódio em maio de 2002
(......)
Desde o
início, Lula viajou em jatinhos fretados e, em vez de encontrar apenas a
militância e os setores do movimento social que já o apoiavam, mantinha
constantes reuniões com entidades e setores do empresariado antes refratários ao
PT. Por isso, ele se empenhava tanto em consolidar a aliança com o PL, o que só
foi conseguido no último momento do último dia do prazo para a inscrição de
chapas.
Numa tensa reunião no apartamento funcional do deputado Paulo Rocha
(PT-PA), da qual participaram , além de Lula e Alencar, os presidentes do PT,
José Dirceu, e do PL, Valdemar Costa Neto, bem como vários diligentes dos dois
partidos, houve um momento em que parecia ter fracassado a tão sonhada aliança
capital-trabalho. Dirceu chegou a dar as conversações por encerradas.
Lula pediu
uma ligação para o petista Patrus Ananias, mineiro como Alencar, que seria o
vice do plano B – chapa “puro-sangue” que o candidato e a coordenação da
campanha queriam evitar.
Dezenas de
jornalistas aguardavam uma definição na portaria do edifício de Rocha. Por pouco
não desci para dizer-lhes que não haveria mais a chapa PT-PL. Quando já ia pegar
o elevador, fui chamado de volta. As negociações haviam recomeçado, agora no
quarto do anfitrião.
Embora sempre procurasse me manter à distância nessas
horas, esperando por uma decisão para comunicá-la à imprensa, estava claro para
todos que o impasse se dava na questão da ajuda financeira que o PL tinha pedido
ao PT para fazer sua campanha.
Somente três anos depois, quando estourou o
“escândalo do mensalão”, eu ficaria sabendo que o valor solicitado era de 10
milhões de reais. No início da noite, os dirigentes dos dois partidos anunciaram
que a aliança estava selada, como queriam Lula e
Alencar.
(......)
Meus
comentários:
Quando pedi o
impeachment de Lula baseada nas declarações de Ricardo Kotcho, o mesmo tentou
desviar dizendo que juntou ficção com realidade.
Como o livro é biográfico,
ameacei entrar
na justiça para que ele indenizasse a cada brasileiro que havia comprado seu
livro, acreditando que ele fosse um homem sério e estivesse contando a sua
história durante os 3 anos
que trabalhou no Planalto.
Depois disso, ele se calou e sumiu.
26 de julho de 2012
Ana
Prudente
in lilicarabina
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