"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

LEMBREM-SE DESTE DEPOIMENTO DE DUDA MENDONÇA E SAIBAM POR QUE ELE EXPRESSA A ESSÊNCIA DO QUE ESTÁ EM JULGAMENTO

Vejam estes dois vídeos com trechos do depoimento de Duda Mendonça, marqueteiro de Lula em 2002, à CPMI dos Correios.

No primeiro, ele conta como recebia dinheiro em espécie de Marcos Valério. Grana viva mesmo, papel. E revela que lhe foi pedido que abrisse uma conta no exterior.

No segundo, ele vai listando os depósitos que eram feitos. Lá estava, claro!, o infalível Banco Rural — Márcio Thomaz Bastos é advogado de um dos seus diretores.
Assistam.
Volto em seguida.


Voltei

Lula deveria ter caído ali. “Tá vendo, Reinaldo, como era tudo caixa de campanha?” Não!
Estou vendo é que dinheiro de origem ilícita transitou no PT durante e depois da campanha eleitoral, já que o esquema estava em plena vigência ainda em 2005, quando foi denunciando, no terceiro ano do governo Lula.

Estou vendo é que o dinheiro, que tinha origem criminosa, saído, de fato, dos cofres públicos — segundo aponta a acusação da Procuradoria Geral da República —, era usado, sim, para cobrir gastos de campanha também, o que torna tudo muito pior.

Os depósitos na conta de Duda Mendonça —R$ 10.8 milhões — foram feitos ao longo de 2003! O último depósito é de novembro. Lula, portanto, estava devidamente instalado na Presidência da República. 

Jamais percam isto de vista: “mensalão” não é crime tipificado no Código Penal. “Mensalão” é o apelido que Roberto Jefferson deu ao esquema criminoso. Corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, formação de quadrilha — PRÁTICAS A QUE SE RECORREU PARA CONSEGUIR O DINHEIRO — é que são crimes.

E com esse dinheiro se fez de tudo, até cobrir rombo da campanha, o que só agrava o problema. Porque se frauda o processo democrático também. A cousas como essas o Supremo estará dizendo “sim” ou “não”.

03 de agosto de 2012
Por Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário