Vejam estes dois vídeos com trechos do depoimento de Duda Mendonça, marqueteiro de Lula em 2002, à CPMI dos Correios.
No primeiro, ele conta como recebia dinheiro em espécie de Marcos Valério. Grana viva mesmo, papel. E revela que lhe foi pedido que abrisse uma conta no exterior.
Lula deveria ter caído ali. “Tá vendo, Reinaldo, como era tudo caixa de campanha?” Não!
Por Reinaldo Azevedo
No primeiro, ele conta como recebia dinheiro em espécie de Marcos Valério. Grana viva mesmo, papel. E revela que lhe foi pedido que abrisse uma conta no exterior.
No segundo, ele vai listando os depósitos que eram feitos. Lá estava, claro!, o infalível Banco Rural — Márcio Thomaz Bastos é advogado de um dos seus diretores.
Assistam.
Volto em seguida.
Voltei
Lula deveria ter caído ali. “Tá vendo, Reinaldo, como era tudo caixa de campanha?” Não!
Estou vendo é que dinheiro de origem ilícita transitou no PT durante e depois da campanha eleitoral, já que o esquema estava em plena vigência ainda em 2005, quando foi denunciando, no terceiro ano do governo Lula.
Estou vendo é que o dinheiro, que tinha origem criminosa, saído, de fato, dos cofres públicos — segundo aponta a acusação da Procuradoria Geral da República —, era usado, sim, para cobrir gastos de campanha também, o que torna tudo muito pior.
Os depósitos na conta de Duda Mendonça —R$ 10.8 milhões — foram feitos ao longo de 2003! O último depósito é de novembro. Lula, portanto, estava devidamente instalado na Presidência da República.
Jamais percam isto de vista: “mensalão” não é crime tipificado no Código Penal. “Mensalão” é o apelido que Roberto Jefferson deu ao esquema criminoso. Corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, formação de quadrilha — PRÁTICAS A QUE SE RECORREU PARA CONSEGUIR O DINHEIRO — é que são crimes.
E com esse dinheiro se fez de tudo, até cobrir rombo da campanha, o que só agrava o problema. Porque se frauda o processo democrático também. A cousas como essas o Supremo estará dizendo “sim” ou “não”.
03 de agosto de 2012
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