A pressão indigenista recrudesce. O lado nacionalista, sob pressão, dá mostras de fraquejar, mas a população está sendo esclarecida e terminará por colocar um freio nas ações apátridas da Funai.
Apesar de a presidente manter a decisão de rever o processo de demarcação de novas terras indígenas e de acabar com o monopólio exercido pela Funai na atividade, incluindo outros órgãos (Embrapa e os ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário), o Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso afirma que a presidente deixou claro que não pretende esvaziar a Funai, mas fortalecer esse órgão”.
Os indígenas, claro, se posicionaram contrários à inclusão dos outros órgãos e entregaram à Presidente um documento com 11 reivindicações e recebendo a promessa de que os seus pedidos serão atendidos.
À MARGEM DA LEI
Enquanto isto a Funai está promovendo, à margem da Lei, a demarcação de nova Terra Indígena em Santa Catarina e funcionários da Funai estariam empenhados em ampliar a reserva Xapecó e ainda índios de diversas etnias bloqueiam a estrada de ferro de Carajás. Os casos simultâneos de SC e do MA são típicos da questão indígena.
A Funai e o aparato indigenista que a apóia se concentram em demarcações de terras indígenas em áreas mineralizadas ou no mínimo produtivas e habitadas por não índios, fazendo o jogo do estrangeiro ambicioso e solerte. Torna-se evidente que, no Norte da Amazônia, o objetivo é a criação de novas nações dóceis e totalmente controladas, e ao Sul da Amazônia é prejudicar a concorrência agrícola.
Por esses e outros motivos, é mais que urgente uma ampla reformulação na política indígena, para que o Estado brasileiro possa assegurar plenamente os direitos reais, tanto dos índios como dos não-índios.
Algo indica que, enfraquecida, Dilma também cederá nesse importante setor, como já o fez na questão dos juros. Caso continue cedendo, nosso País estará realmente mal. Entretanto, por enquanto, ainda resta uma esperança.
26 de julho de 2013
Gelio Fregapani
Nenhum comentário:
Postar um comentário