Apesar de responsável por pelo menos metade da desorganização da sua própria recepção no Rio de Janeiro, Chico mostrou que nasceu para ser um superstar. E bota super nisso. Sua própria estrela brilha tão intensa que sou capaz de afirmar que nem juntando todos os popstars de hoje e do passado em um mesmo pacote haveria uma alegria coletiva da magnitude da que estou tendo o prazer de presenciar na minha cidade, entupida de gente de todo o planeta.
E não é histeria. Está muito longe disso.
O melhor de tudo é que não há nada de artificial nesse homem, que não olha as multidões como uma massa amorfa como se fosse uma vedete preparada para o sucesso e sim procura encarar o máximo possível das pessoas que as compõem. Procurem reparar.
A todos, os que como eu não acreditam em Deus ou não professam o catolicismo, recomendo deixar de lado os preconceitos e prestar atenção em Chico, na sua atitude, nos seu gestos e principalmente nas suas palavras suaves, mas de uma grande importância política, à maneira que Mario Vargas Llosa usou ao retratar Nelson Mandela e que “roubei” para definir o Papa:
“Política não é apenas a tarefa suja e medíocre que tantos imaginam, da qual os malandros se valem para enriquecer e os vagabundos para sobreviver sem fazer nada, mas uma atividade que pode também melhorar a vida, substituir o fanatismo pela tolerância, o ódio pela solidariedade, a injustiça pela justiça, o egoísmo pelo bem comum, e que alguns políticos, como o Papa, tornam o mundo, muito melhor do que como o encontraram.”
26 de julho de 2013
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