"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 8 de julho de 2012

OBRA REÚNE 47 FINAIS IMAGINADOS POR HEMINGWAY PARA O ROMANCE

Ernest Hemingway escreveu 47 finais diferentes para aquele que é hoje considerado um dos melhores romances sobre a Primeira Guerra Mundial, “Adeus às Armas” (1929). A obra de Hemingway vai ser relançada esta semana pela Scribner nos Estados Unidos, incluindo as versões alternativas do escritor.
Segundo o The New York Times, o novo livro, que chega às livrarias dentro de dias, vai não só incluir todos os finais imaginados por Hemingway, como também rascunhos e anotações de outras passagens do livro. Esta publicação inédita só é possível graças a um acordo entre a editora Scribner (do grupo Simon & Schuster) e os herdeiros do Nobel da Literatura.
Numa entrevista de 1958 ao The Paris Review – apenas dois anos antes de se ter suicidado –, Hemingway contou que até encontrar um final que lhe agradasse, foi escrevendo outras versões alternativas. Até que finalmente encontrou “as palavras certas”, como o próprio escritor explicou, revelando que a história de Frederic Henry, um condutor de ambulâncias que presta serviço na frente italiana durante a guerra, e da sua paixão por uma enfermeira inglesa, é também um pouco a sua história. “Uma semi-autobiografia”, pois Hemingway se alistou no Exército italiano e lutou na guerra.

É a primeira vez que estes finais vão ser publicados


Para o neto do escritor, Sean Hemingway, a reedição do “Adeus às armas” não é tanto sobre a história mas sim sobre como foi escrita.

“Acho que as pessoas interessadas em escrever vão gostar de ver um grande trabalho e de ter uma ideia de como ele foi feito”, disse ao New York Times Séan, para quem o seu avô foi “ um autor que captou a imaginação do público americano”. “Esta nova edição é interessante porque está realmente focada no seu trabalho”, acrescentou o neto do escritor, que descobriu estas histórias quando estudava a obra do avô em colaboração com a Biblioteca e o Museu Presidencial John F. Kennedy, em Boston, onde está a colecção de Ernest Hemingway, desde 1979.

Na obra que chega agora às lojas, com a capa original e com 330 páginas, há também uma lista de títulos alternativos à história.
(Transcrito do jornal português O Público)

08 de julho de 2012

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