"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 8 de julho de 2012

A LEI SUBVERSIVA

Eu detesto proibir, eu detesto excesso de leis, principalmente aquelas preventivas ou aquelas ridículas como; o cidadão compra um cigarro num boteco e não pode fumar dentro do próprio boteco que lhe vendeu o cigarro. Numa analogia simples, isso é mais ou menos a mesma coisa que um freguês ao comprar a sua refeição num restaurante e ao ser impossibilitado de comê-la dentro do recinto, terá que comê-la na rua. Porque, logicamente, ninguém vai num boteco há não ser para beber e fumar, quem não gosta não vai, ora!

São estes tipos de leis ridículas que, somente, interferem na vida dos cidadãos comuns e que não auxiliam em nada para coibir o crescente número de crimes e criminosos, quase cinqüenta mil mortes por ano, quase duzentos mil desaparecidos, fora os incontáveis e infindáveis casos de escândalos e corrupções. Ou seja, dá a impressão de um bando de bandidos fazendo leis para os mocinhos, somente para criar uma nuvem de fumaça que encubra os seus crimes (deles); assim, enquanto (nós) os idiotas pagadores de impostos ficam preocupados em seguir as tais leizinhas.

Outra lei, digna de escárnio, é esta que proíbe o coitado do brasileiro de beber nos estádios de futebol. Esta lei preconceituosa mostra o tanto que o próprio estado nacional menospreza e desacredita o povo brasileiro, tratando-o como fosse um bárbaro, delinqüente, inconseqüente, baderneiro etc (julga e condena a todos por causa de uma minoria). Porém , quando houver a copa do mundo, esta lei será temporariamente suspensa, pois se isto não acontecer, a delicada torcida alemã e os educados hooligans ingleses não virão. Este é o nosso Brasil! Até as leis são feitas para inglês ver!

Agora, sem falar das leis heteróclitas, aquelas que têm a cara de pau de invadir a vida, a privacidade e o lar do cidadão, ou daquelas leis que vão contra os bons costumem, tipo: lei das palmadas, leis abortivas, leis de cotas, lei da homofobia, etc. Todas elas à beira da psicopatia megalomaníaca. O cidadão que é obrigado a votar, tenta escolher um candidato menos ruinzinho, para administrar a grande Nação. Após ser escolhido, em vez de administrar, o político vira um rei déspota prontinho par sacanear com o povinho e, juntamente, com seus coadjuvantes deputados disparam a criar leis para tudo quanto é lado e desgosto. Primordialmente, leis tributárias para a poderosa indústria da multas. Nada de mais, para sustentar os bolsistas e garantir os futuros votos, quanto mais grana melhor. Isto sim é democracia! Democracia?

Mas, já que há tantas leis desnecessárias, com o principal motivo de cercear as liberdades individuais, o povo também deveria ter o direito de fazer leis para serem usadas contra o estado e todos os seus políticos usurpadores do erário público e da dignidade nacional (moral e ética). Como já disse, eu detesto proibir! Ma se eu fosse solicitado por alguma assembléia popular para criar alguma lei para o Estado, a princípio relutaria, porém, como pimenta na fuça dos outros não arde e a vingança é doce, eu aceitaria sem pestanejar!

LEIS SUBVERSIVAS PARA O ESTADO (He He!)

Art 1º Eu, representante do povo Brasileiro, reunido em assembléia popular para reinstituir a nossa liberdade que esta sendo descaradamente subtraída paulatinamente pelo estado. Declaro no único termo seguinte:

I - Parem de fazer qualquer tipo de lei (ridícula ou não) para o povo brasileiro. Doravante, as leis somente serão aprovadas por meio de plebiscito (voto popular); e, assim mesmo, cada vez que uma lei entrar em vigor, outra lei terá que sair do menu constitucional. Portanto, “nobres deputados” o importante não é o numero de leis, e sim a qualidade de cada uma delas. Mirem-se nos dez mandamentos e parem de fazer o papel de Deus. Apenas sigam o divino exemplo. Em suma, é proibido fazer mais lei.
 
08 de julho de 2012
Anon, SSXXI

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