A campanha eleitoral em Belo Horizonte, certamente, será bem movimentada. A
reviravolta que aconteceu nos últimos dias, de certa forma, reposicionou os
partidos do ponto de vista eleitoral e programático. Não há como negar que PT e
PMDB já começam a criar uma identidade, que é resultante da aliança que foi
selada durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Assim como também não é possível desconhecer que PSDB e PV, em Minas Gerais, são muito próximos.
Na verdade, o que parecia estar acontecendo antes desse novo arranjo era a implementação de um conjunto de iniciativas mais pessoais do que partidárias. O que o deputado estadual Délio Malheiros afirmou quando era pré-candidato, criticando fortemente o prefeito Marcio Lacerda, era muito mais a expressão de uma opinião dele do que do PV. Assim como a proximidade que Leonardo Quintão (deputado federal pelo PMDB) dizia ter com Aécio Neves se referia mais a uma relação interpessoal do que partidária.
Assim, o eleitor de Belo Horizonte terá mais condições de fazer uma leitura do quadro eleitoral com a nova distribuição do que com a anterior. Além disso, o pleito será mais disputado, o que é muito bom para a democracia. Patrus Ananias e Marcio Lacerda são candidatos de densidade política e eleitoral. A capital mineira sai ganhando com a recente distribuição de forças políticas.
Mas ainda há outros fatores que chamam a atenção nessa reviravolta. Um deles é o poder que o ex-governador e senador Aécio Neves exerce sobre os partidos da sua base em Minas Gerais. Ele realmente comanda essas siglas. Por mais que as legendas aliadas neguem, essa influência é notória. E da mesma maneira, é visível a força que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff têm diante de seus aliados.
Os últimos episódios ainda mostram que o vice-presidente Michel Temer está cumprindo o papel que Dilma esperava. Ele pode não ser um braço administrativo, mas é um apoio político importante. Quando foi escolhido para a vaga de vice, o PT dizia que ele era o único capaz de segurar as bases peemedebistas unidas. Isso ele conseguiu em Minas Gerais, esta semana.
Mas para além da análise da situação eleitoral, há um quadro que não pode deixar de ser
mencionado. Quando a campanha começar, a troca de lados que ocorreu na última hora vai alimentar ataques, no mínimo, curiosos. Já dá para imaginar a campanha de Patrus mostrando Délio Malheiros (do PV) criticando Marcio Lacerda e a do socialista evidenciando as falas da presidente Dilma, afirmando que o prefeito é um dos melhores do Brasil. Em resumo, será uma eleição com todos os elementos de uma disputa acirrada.
08 de julho de 2012
Carla Kreefft, Jornal O Tempo, de BH
Assim como também não é possível desconhecer que PSDB e PV, em Minas Gerais, são muito próximos.
Na verdade, o que parecia estar acontecendo antes desse novo arranjo era a implementação de um conjunto de iniciativas mais pessoais do que partidárias. O que o deputado estadual Délio Malheiros afirmou quando era pré-candidato, criticando fortemente o prefeito Marcio Lacerda, era muito mais a expressão de uma opinião dele do que do PV. Assim como a proximidade que Leonardo Quintão (deputado federal pelo PMDB) dizia ter com Aécio Neves se referia mais a uma relação interpessoal do que partidária.
Assim, o eleitor de Belo Horizonte terá mais condições de fazer uma leitura do quadro eleitoral com a nova distribuição do que com a anterior. Além disso, o pleito será mais disputado, o que é muito bom para a democracia. Patrus Ananias e Marcio Lacerda são candidatos de densidade política e eleitoral. A capital mineira sai ganhando com a recente distribuição de forças políticas.
Mas ainda há outros fatores que chamam a atenção nessa reviravolta. Um deles é o poder que o ex-governador e senador Aécio Neves exerce sobre os partidos da sua base em Minas Gerais. Ele realmente comanda essas siglas. Por mais que as legendas aliadas neguem, essa influência é notória. E da mesma maneira, é visível a força que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff têm diante de seus aliados.
Os últimos episódios ainda mostram que o vice-presidente Michel Temer está cumprindo o papel que Dilma esperava. Ele pode não ser um braço administrativo, mas é um apoio político importante. Quando foi escolhido para a vaga de vice, o PT dizia que ele era o único capaz de segurar as bases peemedebistas unidas. Isso ele conseguiu em Minas Gerais, esta semana.
Mas para além da análise da situação eleitoral, há um quadro que não pode deixar de ser
mencionado. Quando a campanha começar, a troca de lados que ocorreu na última hora vai alimentar ataques, no mínimo, curiosos. Já dá para imaginar a campanha de Patrus mostrando Délio Malheiros (do PV) criticando Marcio Lacerda e a do socialista evidenciando as falas da presidente Dilma, afirmando que o prefeito é um dos melhores do Brasil. Em resumo, será uma eleição com todos os elementos de uma disputa acirrada.
08 de julho de 2012
Carla Kreefft, Jornal O Tempo, de BH
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