O sindicalista Okamotto é homem de confiança total de Lula e seu contador pessoal. Nesta foto quando foi nomeado por Lula chefe nacional do Sebrae |
Líder sindicalista, símbolo de um PT que prometia moralizar o poder, Lula rodava o país e não desfrutava de tempo para cuidar de suas finanças. Delegou a função a um amigo. Acostumado com os balanços do Sindicato dos Metalúrgicos, Paulo Okamotto assumiu a função. Virou o tesoureiro pessoal do homem que iria presidir o Brasil.
Okamotto, que já esteve envolvido em outros episódios nebulosos, voltou aos holofotes acusado por Marcos Valério de tê-lo ameaçado de morte. De Paris, onde participa do Fórum pelo Progresso Social, organizado pelo Instituto Lula, Okamotto negou ter feito qualquer ameaça ao operador do mensalão, condenado a 40 anos de prisão, e disse estar "tranquilíssimo".
— Valério contribuiu com a Justiça, deu os nomes (no caso mensalão). Suponho que tudo que tinha de falar, já tenha falado. E até algumas coisas que ele falou a Justiça não levou em consideração — disse Okamotto.
Natural de Mauá, cidade próxima de São Bernardo do Campo, Okamotto, 56 anos, é um dos melhores amigos de Lula, que costuma chamá-lo de "compadre". No comando do instituto que leva o nome do petista, guarda na memória as despesas mensais do chefe. Ordena pagamentos, controla a entrada e a saída de dinheiro das contas. Ao longo de mais de três décadas de relação, acostumou-se a solucionar os imbróglios financeiros do amigo ilustre.
— Okamotto sempre acompanhou o Lula. Foi e é premiado por sua lealdade — atesta um integrante do diretório nacional do PT.
A relação dos ex-metalúrgicos nasceu no ABC Paulista. Torneiro mecânico, o ex-presidente simpatizou com o rapaz de cabelos negros e olhos puxados, um técnico industrial que trabalhava como fresador. Em 1981, Okamotto ingressou na diretoria do sindicato que se tornava um dos ícones da luta pela redemocratização do país. O trabalho nas áreas administrativa, financeira e jurídica rendeu a confiança de Lula.
Okamotto acompanhou o amigo na fundação do PT, sendo que chegou zelar pelas finanças do partido e a presidir o diretório paulista da sigla. Conhecido pela serenidade e habilidade com números, atuou nas campanhas presidenciais. Em 1989, trabalhou ao lado de José Dirceu na organização da corrida eleitoral que terminou com a vitória de Fernando Collor.
A experiência reforçou os laços com Lula, a ponto de o tesoureiro ganhar carta-branca para gerenciar as despesas da casa do petista. Também passou a atuar como bombeiro, como no episódio em que precisou livrar Lurian, filha de Lula, de encrencas financeiras. Em 1996, ela naufragou na tentativa de se eleger vereadora em São Bernardo do Campo, encerrando a campanha sem pagar o aluguel do escritório. O calendário correu e a conta seguia em aberto, ameaçando se transformar em um pequeno escândalo. O pai escalou Okamotto, que negociou a dívida de R$ 26 mil.
Antes, em 1990, o ex-fresador se distanciou do sindicato para ajudar a criar o Instituto Cidadania. Na década de 1990, administrou a entidade, chegando à presidência da ONG em 2001. Com a vitória de Lula em 2002, acabou recompensado. Assumiu o cargo de diretor de administração e finanças do Sebrae. Chegou ao comando da instituição em 2005, ano em viu sua figura de tesoureiro informal se tornar pública.
Okamotto virou personagem da CPI dos Bingos ao ter dificuldades para explicar o pagamento, em dinheiro, de uma dívida de R$ 29,4 mil de Lula. A comissão tentou apurar, sem sucesso, a origem do recurso, que poderia ser do valerioduto. O caso acabou esfriando.
Okamotto, que já esteve envolvido em outros episódios nebulosos, voltou aos holofotes acusado por Marcos Valério de tê-lo ameaçado de morte. De Paris, onde participa do Fórum pelo Progresso Social, organizado pelo Instituto Lula, Okamotto negou ter feito qualquer ameaça ao operador do mensalão, condenado a 40 anos de prisão, e disse estar "tranquilíssimo".
— Valério contribuiu com a Justiça, deu os nomes (no caso mensalão). Suponho que tudo que tinha de falar, já tenha falado. E até algumas coisas que ele falou a Justiça não levou em consideração — disse Okamotto.
Natural de Mauá, cidade próxima de São Bernardo do Campo, Okamotto, 56 anos, é um dos melhores amigos de Lula, que costuma chamá-lo de "compadre". No comando do instituto que leva o nome do petista, guarda na memória as despesas mensais do chefe. Ordena pagamentos, controla a entrada e a saída de dinheiro das contas. Ao longo de mais de três décadas de relação, acostumou-se a solucionar os imbróglios financeiros do amigo ilustre.
— Okamotto sempre acompanhou o Lula. Foi e é premiado por sua lealdade — atesta um integrante do diretório nacional do PT.
A relação dos ex-metalúrgicos nasceu no ABC Paulista. Torneiro mecânico, o ex-presidente simpatizou com o rapaz de cabelos negros e olhos puxados, um técnico industrial que trabalhava como fresador. Em 1981, Okamotto ingressou na diretoria do sindicato que se tornava um dos ícones da luta pela redemocratização do país. O trabalho nas áreas administrativa, financeira e jurídica rendeu a confiança de Lula.
Okamotto acompanhou o amigo na fundação do PT, sendo que chegou zelar pelas finanças do partido e a presidir o diretório paulista da sigla. Conhecido pela serenidade e habilidade com números, atuou nas campanhas presidenciais. Em 1989, trabalhou ao lado de José Dirceu na organização da corrida eleitoral que terminou com a vitória de Fernando Collor.
A experiência reforçou os laços com Lula, a ponto de o tesoureiro ganhar carta-branca para gerenciar as despesas da casa do petista. Também passou a atuar como bombeiro, como no episódio em que precisou livrar Lurian, filha de Lula, de encrencas financeiras. Em 1996, ela naufragou na tentativa de se eleger vereadora em São Bernardo do Campo, encerrando a campanha sem pagar o aluguel do escritório. O calendário correu e a conta seguia em aberto, ameaçando se transformar em um pequeno escândalo. O pai escalou Okamotto, que negociou a dívida de R$ 26 mil.
Antes, em 1990, o ex-fresador se distanciou do sindicato para ajudar a criar o Instituto Cidadania. Na década de 1990, administrou a entidade, chegando à presidência da ONG em 2001. Com a vitória de Lula em 2002, acabou recompensado. Assumiu o cargo de diretor de administração e finanças do Sebrae. Chegou ao comando da instituição em 2005, ano em viu sua figura de tesoureiro informal se tornar pública.
Okamotto virou personagem da CPI dos Bingos ao ter dificuldades para explicar o pagamento, em dinheiro, de uma dívida de R$ 29,4 mil de Lula. A comissão tentou apurar, sem sucesso, a origem do recurso, que poderia ser do valerioduto. O caso acabou esfriando.
11 de dezembro de 2012
in aluizio amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário