Aos 92 anosShankar ganhou notoriedade pela habilidade com que tocava a
cítara, tradicional instrumento de cordas indiano
Morreu nesta terça-feira, 11, aos 92 anos de idade, o músico indiano Ravi Shankar, o maior nome da música sul-asiática, apelidado pelos Beatles de "padrinho da música mundial".
Shankar ganhou notoriedade pela habilidade com que tocava a cítara, tradicional instrumento de cordas indiano. Sua cítara inspirou várias bandas de rock dos anos 1960. Os próprios Beatles usaram a cítara em suas músicas "Norwegian Wood" e "Within You, Without You".
Shankar se apresentou em grandes casas do mundo, como o Carnegie Hall, em Nova York, e no Kennedy Center, em Washington. As orquestras filarmônicas de Londres e Nova York apresentaram composições do músico indiano para concertos de cítara e orquestra.
Concertos beneficentesEm 1968, no Festival de Monterey, no México, Shankar se recusou a subir ao palco na mesma noite em que Jimmy Hendrix se apresentou por causa da conotação sexual que Hendrix dava ao seu desempenho no palco com sua guitarra. O indiano se mostrava aborrecido com a maneira que sua cítara fora incorporada ao que chamou de vulgaridade do rock teatral e com a associação da sua música ao uso de drogas.
Junto com o Beatle George Harrison, Shankar organizou em 1971 aquele que foi o precursor dos grandes concertos beneficentes da atualidade. Naquela ocasião, o concerto serviu para angariar fundos a fim de ajudar as vítimas da guerra e da fome em Bangladesh.
No início de dezembro o álbum de Shankar intitulado "The living room sessions Part 1″ foi indicado à próxima edição do Grammy, o maior prêmio da música mundial. Ravi Shankar, que era pai da cantora pop Nora Jones, morreu em San Diego, no sul da Califórnia. A causa da morte não foi informada.
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