Banco do Brasil cobrava pedágio para o PT, afirma Marcos
Valério
Condenado a mais de 40 anos de prisão no julgamento do mensalão, o publicitário Marcos Valério, no mesmo depoimento ao Ministério Público Federal em que disse ter pago despesas pessoais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também afirmou que dirigentes do Banco do Brasil cobraram, desde 2003, um pedágio das agências de publicidade contratadas pelo banco.
Segundo o depoimento, publicado nesta quarta-feira pelo jornal Estado de São Paulo, 2% de todos os contratos eram repassados para o caixa do PT.
Segundo o Estado de
S.Paulo, em dois anos, os repasses do Banco do Brasil às cinco agências de
publicidade com quem mantinha contrato superaram R$ 400 milhões - uma delas era
a DNA Propaganda, de Valério.
O suposto esquema de desvio de dinheiro público que teria de ir para a publicidade foi criado por Henrique Pizzolato, ex-diretor do BB, e Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular do Brasil, que integra a estrutura do Banco do Brasil, de acordo com o depoimento de Valério.
O ex-diretor do Banco do Brasil negou nesta terça-feira que tenha cobrado pedágio das agências de publicidade. Guimarães não foi localizado pela reportagem.
Já condenado pelo STF a mais de 40 anos de prisão, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter despesas pessoais pagas pelo esquema do mensalão em 2003. A informação, publicada nesta terça-feira pelo jornal Estado de S. Paulo, faz parte do depoimento prestado por Valério ao Ministério Público após a condenação pelo Supremo. Em Paris, onde participa de evento com a presidente Dilma,
Além de ter afirmado que o ex-presidente teve despesas pessoais pagas pelo esquema do mensalão, Valério também disse aos procuradores que Lula foi informado, em reunião no Palácio do Planalto, das operações financeiras para pagar propina a deputados da base governista e deu ok. No depoimento, o operador do mensalão afirmou ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamotto, hoje diretor do instituto de Lula. E disse ainda que os R$ 4 milhões pedidos por seus advogados foram pagos pelo PT. Segundo o depoimento do publicitário, o pagamento foi "a contrapartida" pela participação dele no esquema.
Sobre os repasses ao ex-presidente, Valério afirmou que foram feitos dois pagamentos, mas só detalhou um deles, no valor de R$ 98.500, em janeiro de 2003, quando Lula já havia assumido a presidência. O pagamento foi feito à empresa de segurança Caso, do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, classificado pelo jornal como faz-tudo de Lula. Valério disse que o ex-presidente era o destinatário do dinheiro, que seria usado para despesas pessoais, mas também não especificou que gastos seriam esses.
Em viagem à capital francesa, o ex-presidente negou o conteúdo das declarações do publicitário Marcos Valério, Lula fez um único comentário sobre o depoimento de Valério, que o acusa de envolvimento no esquema do mensalão:
É uma mentira disse a jornalistas, que faziam a cobertura do evento.
A presidente Dilma Rousseff, que assim como Lula está em Paris, saiu em defesa do ex-presidente. Ela afirmou que se trata de tentativas de desgastar a imagem do presidente Lula.
O Globo
12 de dezembro de 2012
O suposto esquema de desvio de dinheiro público que teria de ir para a publicidade foi criado por Henrique Pizzolato, ex-diretor do BB, e Ivan Guimarães, ex-presidente do Banco Popular do Brasil, que integra a estrutura do Banco do Brasil, de acordo com o depoimento de Valério.
O ex-diretor do Banco do Brasil negou nesta terça-feira que tenha cobrado pedágio das agências de publicidade. Guimarães não foi localizado pela reportagem.
Já condenado pelo STF a mais de 40 anos de prisão, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza acusou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter despesas pessoais pagas pelo esquema do mensalão em 2003. A informação, publicada nesta terça-feira pelo jornal Estado de S. Paulo, faz parte do depoimento prestado por Valério ao Ministério Público após a condenação pelo Supremo. Em Paris, onde participa de evento com a presidente Dilma,
Além de ter afirmado que o ex-presidente teve despesas pessoais pagas pelo esquema do mensalão, Valério também disse aos procuradores que Lula foi informado, em reunião no Palácio do Planalto, das operações financeiras para pagar propina a deputados da base governista e deu ok. No depoimento, o operador do mensalão afirmou ter sido ameaçado de morte por Paulo Okamotto, hoje diretor do instituto de Lula. E disse ainda que os R$ 4 milhões pedidos por seus advogados foram pagos pelo PT. Segundo o depoimento do publicitário, o pagamento foi "a contrapartida" pela participação dele no esquema.
Sobre os repasses ao ex-presidente, Valério afirmou que foram feitos dois pagamentos, mas só detalhou um deles, no valor de R$ 98.500, em janeiro de 2003, quando Lula já havia assumido a presidência. O pagamento foi feito à empresa de segurança Caso, do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, classificado pelo jornal como faz-tudo de Lula. Valério disse que o ex-presidente era o destinatário do dinheiro, que seria usado para despesas pessoais, mas também não especificou que gastos seriam esses.
Em viagem à capital francesa, o ex-presidente negou o conteúdo das declarações do publicitário Marcos Valério, Lula fez um único comentário sobre o depoimento de Valério, que o acusa de envolvimento no esquema do mensalão:
É uma mentira disse a jornalistas, que faziam a cobertura do evento.
A presidente Dilma Rousseff, que assim como Lula está em Paris, saiu em defesa do ex-presidente. Ela afirmou que se trata de tentativas de desgastar a imagem do presidente Lula.
O Globo
12 de dezembro de 2012
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