Deu no Valor: o Ministério Público Federal entrou na Justiça contra o BNDES por “falta de transparência em suas operações”, exigindo que o banco torne públicas informações detalhadas sobre todos os financiamentos concedidos a empresas e entidades públicas nos últimos 10 anos e de agora em diante.
“O MPF pede detalhes desses negócios tais como a forma e a condição da captação dos recursos, os critérios para definir onde o dinheiro é investido, o risco das operações, prazos, taxas de juros cobradas, garantias exigidas e o retorno obtido”.
De dois anos para cá, esgotada a munição própria nos primeiros 10 anos dessa guerra subterrânea, conforme mostrei com detalhe na matéria A “bola” está rolando de novo, o BNDES está repassando dinheiro do Tesouro Nacional a juros subsidiados para empresas e outras instituições privadas.
Mais de 54% do total emprestado nesse período veio de aportes do Tesouro que já representam mais de 20% da dívida pública líquida e 63,5% desse dinheiro foi entregue a umas poucas empresas-gigantes que têm todas as condições de se financiar nos mercados nacional e internacional.
Mas apesar de se tratar de uma empresa pública que distribui dinheiro público – e, nos últimos dois anos, tirado diretamente do caixa onde os contribuintes depositam os impostos que fazem falta na saúde, na educação e na infraestrutura – o BNDES não divulga informações sobre “seus investimentos” alegando que “estão protegidas pelo sigilo bancário”!!
A Procuradoria da República do Distrito Federal não aceita essa desculpa, acusa o banco de estar descumprindo a Lei de Acesso à Informação e quer dados concretos “para avaliar se os financiamentos a empresas privadas são de interesse social ou relevantes para o desenvolvimento da economia nacional”.
Agora sim estamos falando sério!
Que Mensalão, que Rosemary que nada!
Mesmo as estripulias e saltos ornamentais do doutor Mântega dizem respeito apenas às operações táticas do PT para colocar índices em posições favoráveis nas vésperas de eleição.
As operações estratégicas que realmente alteram o meio ambiente em que a democracia brasileira tenta sobreviver estão a cargo dos operadores do BNDES, dos fundos de pensão do funcionalismo e dos operadores dos supercomputadores da Receita Federal.
É essa a tropa de elite. É aí que está o “núcleo duro” do PT. É aí que se jogam as grandes cartadas do vasto movimento de subversão argentária com que o partido pensa construir o seu Reich de Mil Anos.
São eles que, dos bastidores, determinam quem vai viver e quem vai morrer na arena da economia brasileira. Quem vai comprar e quem vai ser comprado em cada setor de produção.
É aí que se decide se teremos mesmo um ambiente “pró-mercado” com oportunidades iguais para todos, expressão que dona Dilma tem gostado de usar ultimamente, ou se viveremos todos ajoelhados e de mãos estendidas para uma pequena constelação de monopólios girando em torno do sol do BNDES e das mega estatais de petróleo, telecomunicações e energia, neste momento entrando no mesmo processo de encurralamento pelo qual já passou toda a indústria de base que hoje se senta à mesa do governo no seu Conselho de Gestão.
13 de dezembro de 2012
vespeiro
“O MPF pede detalhes desses negócios tais como a forma e a condição da captação dos recursos, os critérios para definir onde o dinheiro é investido, o risco das operações, prazos, taxas de juros cobradas, garantias exigidas e o retorno obtido”.
De dois anos para cá, esgotada a munição própria nos primeiros 10 anos dessa guerra subterrânea, conforme mostrei com detalhe na matéria A “bola” está rolando de novo, o BNDES está repassando dinheiro do Tesouro Nacional a juros subsidiados para empresas e outras instituições privadas.
Mais de 54% do total emprestado nesse período veio de aportes do Tesouro que já representam mais de 20% da dívida pública líquida e 63,5% desse dinheiro foi entregue a umas poucas empresas-gigantes que têm todas as condições de se financiar nos mercados nacional e internacional.
Mas apesar de se tratar de uma empresa pública que distribui dinheiro público – e, nos últimos dois anos, tirado diretamente do caixa onde os contribuintes depositam os impostos que fazem falta na saúde, na educação e na infraestrutura – o BNDES não divulga informações sobre “seus investimentos” alegando que “estão protegidas pelo sigilo bancário”!!
A Procuradoria da República do Distrito Federal não aceita essa desculpa, acusa o banco de estar descumprindo a Lei de Acesso à Informação e quer dados concretos “para avaliar se os financiamentos a empresas privadas são de interesse social ou relevantes para o desenvolvimento da economia nacional”.
Agora sim estamos falando sério!
Que Mensalão, que Rosemary que nada!
Mesmo as estripulias e saltos ornamentais do doutor Mântega dizem respeito apenas às operações táticas do PT para colocar índices em posições favoráveis nas vésperas de eleição.
As operações estratégicas que realmente alteram o meio ambiente em que a democracia brasileira tenta sobreviver estão a cargo dos operadores do BNDES, dos fundos de pensão do funcionalismo e dos operadores dos supercomputadores da Receita Federal.
É essa a tropa de elite. É aí que está o “núcleo duro” do PT. É aí que se jogam as grandes cartadas do vasto movimento de subversão argentária com que o partido pensa construir o seu Reich de Mil Anos.
São eles que, dos bastidores, determinam quem vai viver e quem vai morrer na arena da economia brasileira. Quem vai comprar e quem vai ser comprado em cada setor de produção.
É aí que se decide se teremos mesmo um ambiente “pró-mercado” com oportunidades iguais para todos, expressão que dona Dilma tem gostado de usar ultimamente, ou se viveremos todos ajoelhados e de mãos estendidas para uma pequena constelação de monopólios girando em torno do sol do BNDES e das mega estatais de petróleo, telecomunicações e energia, neste momento entrando no mesmo processo de encurralamento pelo qual já passou toda a indústria de base que hoje se senta à mesa do governo no seu Conselho de Gestão.
13 de dezembro de 2012
vespeiro
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