Ao escrever o post “A cara do Brasil do PT”, tentei me lembrar de algum grande estadista – grande mesmo e não no tamanho da farsa que é Lula – e não consegui. Lendo agora o Reinaldo Azevedo falando sobre a mesma coisa, notei que ele se lembrou de “Helmut Kohl, que foi chanceler da Alemanha por, atenção!, 16 anos: de 1982 a 1998, que tem no currículo nada menos do que a unificação das duas Alemanhas, com todas as dificuldades inerentes ao processo e que foi também o grande esteio da União Europeia.
Pois bem, no fim de 1999, descobriu-se um esquema de caixa dois na sua legenda, a CDU (Partido Democrata-Cristão) que ele então presidia há 25 anos, mas renunciou. E não ficou nisso: a CDU cobrou que ele se desligasse da agremiação e renunciasse a seu mandato no Parlamento. Kohl retirou-se da vida pública.
Ah,
sim: o tal caixa dois movimentou, no máximo, um milhão de euros. Só os dois
peculatos ocorridos no Banco do Brasil somam mais de 28 milhões de euros.
Apesar de tudo que Kohl
representou, ninguém na Alemanha pediu “respeito à obra do chanceler Kohl”;
ninguém na Alemanha o chamou de “guerreiro”, embora ele o fosse; ninguém disse
que ele estava acima da lei por causa de sua grande obra.
É
que, na Alemanha, ninguém é dono de partido.
E
Reinaldo prossegue lembrando também um outro calhorda que foi ditador do Brasil
por 15 anos, Entulho Vargas.
Poucas democracias modernas no
mundo teriam, por exemplo, um Getúlio Vargas na sua galeria de heróis,
frequentemente lembrado nesses dias como aquele que sofreu um terrível golpe da
direita etc. e tal. Seria o antecedente histórico de Lula…
Claro, fala-se do Getúlio de 1954 (Emir Sader escreve “Getulho”…), mas não daquele entre 1937 e 1945, que prendeu, torturou, matou, mentiu, trapaceou, conspirou e flertou abertamente com o nazismo. E que mandou os comunistas para a vara.
Graciliano Ramos que o diga… E o disse magnificamente em “Memórias do Cárcere”, obra de leitura obrigatória — dois volumes; aproveitem as férias.
Claro, fala-se do Getúlio de 1954 (Emir Sader escreve “Getulho”…), mas não daquele entre 1937 e 1945, que prendeu, torturou, matou, mentiu, trapaceou, conspirou e flertou abertamente com o nazismo. E que mandou os comunistas para a vara.
Graciliano Ramos que o diga… E o disse magnificamente em “Memórias do Cárcere”, obra de leitura obrigatória — dois volumes; aproveitem as férias.
É
que as nossas cavalgaduras intelectuais veem “Getulho” como o grande guerreiro
contra um inimigo que sempre lhes pareceu bem mais perigoso do que o nazismo:
Uzestadozunidos!!!!
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