A foto divulgada pelo governo da Venezuela, em que o “comandante” Hugo Chávez aparece, dadas as circunstâncias, mais ou menos bem é uma farsa política. O Brasil conhece algo parecido, mas com outro sinal político. Vale lembrar.
Eis o então presidente eleito Tancredo Neves, em março de 1985, junto com a equipe médica que o atendia no Incor, em São Paulo. Tancredo, soube-se não muito tempo depois, já era um paciente condenado.
A morte do presidente eleito alimenta ainda hoje as mais variadas teorias conspiratórias.
José Sarney havia assumido a Presidência da República.
Havia dúvidas razoáveis sobre a constitucionalidade da saída encontrada. Temia-se um eventual retrocesso político. A foto como farsa tinha ao menos a intenção meritória de esconjurar as forças do atraso. Com Chávez, é diferente. A mentira serve para dar sobrevida a uma ditadura.
15 de fevereiro de 2013
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