"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 11 de junho de 2013

A FLOTILHA QUER NAVEGAR COM DESTEMOR


Este clamor não critica o esforço sobre-humano que a Força Naval faz para se impor em nossos mares verdes. Muito pelo contrário, os brasileiros querem que a Marinha da Pátria, realmente, seja capaz de dissuadir os grandes predadores navais, nossos inimigos em potencial. Nós agora estamos ligados. Que grande motivo de ufanismo!

A MB adquiriu autossuficiência para desenvolver os mísseis “EXOCET”! Acontece que o cidadão, leigo em assuntos militares, obrigado a baixar a crista quando armadas anglo-saxônicas adentram no Atlântico Sul para “pescar lagostas”, hoje, deseja saber. O que não deve espantar, posto que o País foi rotulado como “paraíso dos patrimônios da humanidade”, o detentor frágil das declaradamente cobiçadas amazônias azul e verde.
A cobrança, muito justa, absolutamente não se dirige aos profissionais das armas dos mares.

O povo sabe, não depende só deles que os “cisnes brancos” naveguem destemidos, capazes de lançar aos quatro ventos brados tipo: -“E ELES QUE VENHAM, POR AQUI NÃO SINGRARÃO”. Ministro Celso Amorim, os herdeiros do Imperial Marinheiro Marcílio Dias fizeram o dever de casa. Mas, e daí? Seu ministério está ciente? Temos só 9 fragatas e 5 corvetas.

Qual a previsão para que esta flotilha, 14 belonaves, esteja dotada e em condições de empregar este vetor? Vai-se esperar primeiro aprontar o estaleiro de submarinos? O projeto dos submergíveis, a perder de vista, impede o robustecimento urgente e emergencial dos vasos de guerra?

Alerta! Não adianta os “hermanos” espernearem pelas Malvinas em fóruns diplomáticos. Os bucaneiros ingleses já avisaram: se os barquinhos portenhos se escalarem no entorno de suas Falkland, os meios aeronavais britânicos vão descer dos céus como um raio para outra carnificina!

Assim, será motivo de substancial alívio se a população se inteirar das providências para o afiamento das garras de tão ínfimos meios de superfície. Perigo! A “gang” do CS/ONU não está nem aí para perfumarias organizacionais do Ministério da Defesa!
                                                                                  
11 de junho de 2013
Paulo Ricardo da Rocha Paiva é Coronel de Infantaria e Estado-Maior na reserva.

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