As pesquisas eleitorais sempre foram polêmicas e suscetíveis a manipulações. Às vezes, realmente fica difícil acreditar nos resultados que esses levantamentos apresentam. Por exemplo, pesquisa realizada pelo Datafolha e concluída no final da última semana aponta amplo favoritismo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à reeleição.
Faltando um ano para as convenções partidárias que definirão os candidatos para a eleição, Alckmin levaria vantagem até em uma eventual e improvável disputa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vejam que notícia sensacional.
Segundo o Datafolha, se Lula se candidatar ao cargo de governador paulista, Lula obterá 26% das intenções de voto no estado contra 42% de Alckmin, no cenário hipotético. Esta seria a disputa mais apertada para o atual governador, que ainda foi colocado disputando o pleito em outras três campanhas hipotéticas, ganhando de lavagem em todas elas.
Outra enlouquecida novidade: Paulo Skaf (PMDB) aparece com força nas pesquisas e chega a somar 16% das intenções de voto quando Lula é trocado por Alexandre Padilha (PT) ou José Eduardo Cardozo (PT). Gilberto Kassab (PSD), ex-prefeito de São Paulo, também aparece na disputa com 9% das intenções de votos nos cenários em que o ex-presidente não disputa.
Traduzindo: essa pesquisa foi feita no estilo do velho Samba do Crioulo Doido, de Sérgio Porto, com os entrevistadores todos de porre e os entrevistados, idem. Colocar Lula 16 pontos abaixo de Alckmin é esquecer que há menos de um ano o ex-presidente elegeu um poste e derrotou um adversário fortíssimo como José Serra. E pior: nem a generosa mãe do empresário Paulo Skaf seria capaz do ato caridoso de lhe atribuir 16 pontos na sucessão paulista. É demais…
DILMA EM BAIXA
Também é divertido assistir ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmar que a queda de 8 por cento na avaliação da presidente Dilma Rousseff pode ser classificada como uma “oscilação normal” e reflete o aumento da inflação de alimentos, o incidente no pagamento do Bolsa Família e a seca no Nordeste.
Qualquer um pode notar que Dilma está descendo a ladeira. E parece que o Rolls Royce presidencial está com problema no freio.
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