O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou ontem em Brasília para discutir o momento político com Dilma Rousseff.
O encontro aconteceu a dois dias da prometida paralisação dos trabalhadores, e com as maiores centrais sindicais do país divididas sobre continuar ou não apoiando o governo.
O último contato pessoal, conforme assessores, ocorreu em São Paulo, no 18 de junho. Depois, Lula viajou para o exterior e só voltou na semana passada.
Segundo auxiliares, eles ainda não haviam se reunido após pesquisa Datafolha apontar o desmoronamento da popularidade de Dilma, no fim de junho.
Se encontros da dupla são regulares, o de ontem foi tratado com extrema reserva --chegou a ser negado de forma enfática por diversos interlocutores.
A expectativa de petistas era de que eles discutissem a difícil relação do Executivo com o Congresso. Interlocutores de Lula têm dito que o ex-presidente havia recomendado a Dilma mudanças no primeiro escalão do governo e reclamado da articulação política, em seu momento mais frágil nesses dois anos.
Durante os protestos de junho, Dilma perdeu 27 pontos percentuais de sua popularidade. A desidratação alimentou, nos bastidores do PT e da base aliada, a defesa do "volta, Lula".
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) descartou que Lula tenha qualquer intenção de voltar ao Planalto.
"Quem já viveu aqui neste palácio, como eu estou vivendo há 11 anos, já viu o balão subir e descer tantas vezes que a gente tem que ficar sereno. Quem viu 2005, onde já era proclamado por vários editorialistas que o Lula tinha acabado, que não teria reeleição, tem que ter muita serenidade agora", completou.
10 de julho de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário