"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 10 de julho de 2013

SENADO RECUA

Senado aprova emenda que veta parentes na suplência

PEC aprovada não altera, entretanto, regra que permite a suplentes tomar posse definitiva do mandato em caso de morte, renúncia ou cassação do titular

 
Plenário do Senado durante sessão deliberativa
Plenário do Senado durante sessão deliberativa (Arthur Monteiro/Agência Senado)

O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira um projeto que reduz de dois para um o número de suplentes de senadores, e proíbe que parentes (até o segundo grau) sejam colocados na mesma chapa do titular.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ainda depende do aval da Câmara dos Deputados. Foram 64 votos favoráveis e um contrário - houve uma abstenção.

O texto é similar ao que foi
rejeitado nesta quarta-feira, com uma mudança: em caso de morte, renúncia ou cassação do titular, o suplente permaneceria no cargo até o fim do mandato.
A proposta derrubada previa novas eleições nestes casos, o que desagradou boa parte dos senadores.

"A PEC de ontem apresentava defeitos. Agora sim, acredito que vai atender aos anseios da nossa sociedade", afirmou Wilder Morais (DEM-GO), suplente do ex-senador Demóstenes Torres.

O texto rejeitado nesta quarta é de autoria de José Sarney (PMDB-AP). O desta quinta foi elaborado por Francisco Dornelles (PP-RJ).

As novas regras não valem para os senadores em exercício, o que permitirá, por exemplo, que Lobão Filho (PMDB-MA) continue no exercício do cargo. Ele ocupa a vaga do pai, Edison Lobão (PMDB-MA), que é ministro de Minas e Energia.

A medida aprovada faz parte de um esforço dos parlamentares para esvaziar a agenda sugerida pela presidente Dilma Rousseff em sua fracassada tentativa de convocação de um plebiscito para a reforma política. O modelo de suplência de senador era um dos temas propostos pelo Executivo.


10 de julho de 2013
Gabriel Castro, de Brasília
Veja

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