Reputação e política
Dilma tem que conseguir impressionar os eleitores de algum modo novamente, ou então corre o risco de ficar conhecida como a presidente que foi expulsa do Planalto
Uma pesquisa de opinião do Datafolha divulgada um dia antes da final da Copa das Confederações, em 30 de junho, mostrou que a taxa de aprovação do governo Dilma caíra quase à metade desde o início dos protestos, a maior queda em mais de 20 anos. Mas o clima rebelde do Brasil atingiu todos os políticos. Em São Paulo, onde as manifestações começaram, o governador e o prefeito tiveram quedas de popularidade acentuadas. No Rio de Janeiro, onde ocorreram os maiores protestos, o nível de aprovação do governador caiu mais de 50%.
Os aliados da presidente afirmam que sua popularidade se recuperará quando a inquietação arrefecer. "A vida não mudou para a maioria dos brasileiros. Quando essa fase acabar as pessoas avaliarão esse governo tão positivamente quanto o anterior", afirmou José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça. Assessores presidenciais afirmam que Dilma foi eleita para dar continuidade, não fazer pirotecnia, e finalizar tudo aquilo que foi iniciado por seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda faltam 15 meses para a eleição.
Dilma tem que conseguir impressionar os eleitores de algum modo novamente, ou então corre o risco de ficar conhecida como a presidente que foi expulsa do Planalto. "Uma vez que não teve nenhum grande impacto, as pessoas acabarão focando nos aspectos negativos", afirma Rafael Cortez, da Tendências, uma consultoria política. Dilma também não é muito eleitoreira. Ela nunca havia feito uma campanha antes de Lula selecioná-la como sua sucessora e também não inspira muita lealdade entre os militantes do Partido dos Trabalhadores.
Pesquisas de opinião sugerem que se a eleição fosse hoje, Dilma ficaria em primeiro, mas enfrentaria uma disputa acirrada contra Marina Silva, ex-filiada do Partido Verde que está tentando fundar um partido político alternativo. As mesmas pesquisas de opinião mostram que Lula se sairia melhor que Dilma caso decidisse se lançar como candidato do PT. À medida que a eleição se aproxima, a presidente talvez precise prestar tanta atenção em membros da sua equipe como em adversários declarados.
10 de julho de 2013
Texto da revista Economist editado para o Opinião e Notícia
Tradução: Eduardo Sá
Os aliados da presidente afirmam que sua popularidade se recuperará quando a inquietação arrefecer. "A vida não mudou para a maioria dos brasileiros. Quando essa fase acabar as pessoas avaliarão esse governo tão positivamente quanto o anterior", afirmou José Eduardo Cardozo, o ministro da Justiça. Assessores presidenciais afirmam que Dilma foi eleita para dar continuidade, não fazer pirotecnia, e finalizar tudo aquilo que foi iniciado por seu mentor, Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda faltam 15 meses para a eleição.
Dilma tem que conseguir impressionar os eleitores de algum modo novamente, ou então corre o risco de ficar conhecida como a presidente que foi expulsa do Planalto. "Uma vez que não teve nenhum grande impacto, as pessoas acabarão focando nos aspectos negativos", afirma Rafael Cortez, da Tendências, uma consultoria política. Dilma também não é muito eleitoreira. Ela nunca havia feito uma campanha antes de Lula selecioná-la como sua sucessora e também não inspira muita lealdade entre os militantes do Partido dos Trabalhadores.
Pesquisas de opinião sugerem que se a eleição fosse hoje, Dilma ficaria em primeiro, mas enfrentaria uma disputa acirrada contra Marina Silva, ex-filiada do Partido Verde que está tentando fundar um partido político alternativo. As mesmas pesquisas de opinião mostram que Lula se sairia melhor que Dilma caso decidisse se lançar como candidato do PT. À medida que a eleição se aproxima, a presidente talvez precise prestar tanta atenção em membros da sua equipe como em adversários declarados.
10 de julho de 2013
Texto da revista Economist editado para o Opinião e Notícia
Tradução: Eduardo Sá
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