Seguindo o exemplo bem sucedido dos “sem terra”, muitas tribos, orientadas pelas ONGs estrangeiras invadiam e ocupavam terras numa proporção nunca vista em nenhum país e ainda quando necessário com o apoio da estrutura policial.
Os produtores prejudicados queixavam-se amargamente mas não os enfrentavam, e quando o faziam era isoladamente.
Parecia um galinheiro: quando pegavam um, os outros cacarejavam, ”cococó, cococó, ufa, não foi a minha fazenda. A reação coletiva acontecida na Raposa-Serra do Sol foi dominada pela força esmagadora da Polícia Federal do Tarso Genro agindo por ordem do Lula que covardemente cedeu às pressões internacionais.
Agora a situação está mudando. As demarcações da Funai terminaram por convencer aos produtores rurais que teriam que reagir a bala.
Depois de terem vindo a público as violentas invasões incluindo o arrasamento de uma vila com 700 casas destruídas (no Mato Grosso do Sul), multiplicaram-se as manifestações em defesa da garantia da terra e contra as fraudes nas demarcações.
Até mesmo militares da Força Nacional ficaram abalados e a opinião pública evoluiu de uma indiferença simpática aos “pobres” índios para a consciência da injustiça e da necessidade da produção rural.
Pressionados, mas agora com o apoio da opinião geral, os desesperados produtores, gente inteligente, sentiram que precisavam se armar.
Armaram-se. Contrataram não apenas jagunços, mas também mercenários estrangeiros que lhes ensinaram a fazer explosivos com fertilizantes, pois sentiam que, abandonados pelo Governo teriam que enfrentar até o aparato policial para ter chance de justiça.
Reuniram recursos e muitos deles colocaram-se a frente. O circo estava pronto para o início do sangrento espetáculo, que ninguém sabia que vulto tomaria, mas a principal mudança foi da atitude do Governo.
TEMER SE IMPRESSIONOU
O vice-presidente Temer ficou impressionado com os relatos dos produtores rurais numa audiência com deputados ligados ao setor. A entrada dele nas negociações parece ter neutralizado a influência de Gilberto Carvalho e Paulo Maildes nas decisões sobre a Questão Indígena.
O fato é que o Estado Brasileiro se deu conta das fraudes nos laudos antropológicos, do perigo da reação, e das consequências, que poderiam ir desde a drástica redução da produção rural até a independência das áreas indígenas, ensejando intervenção internacional em nome do “dever de ingerência”, quando e m jogo os interesses dos países hegemônicos.
Dilma que já demonstrara não ter entusiasmo pelas demarcações, contrariando tanto a pressão internacional como a de seus partidários interrompeu a criação de novas reservas e ensaia rever as desproporcionais reservas já demarcadas. Estaremos despertando?
Óbvio, se isto acontecer serão terríveis as pressões internacionais. Traidores levantarão a voz contra o nosso País, tendo talvez como símbolo a enigmática Marina Silva.
Esperemos que a Dilma não seja como o Lula, que recua quando a pressão toma vulto, mas na questão dos juros já teve que recuar.
Independente de posições políticas, é hora de apoiá-la nisto, se ela demonstrar a coragem que esperamos. Dias difíceis virão: novos boatos, pressões econômicas, atritos, bloqueios e quem sabe sabotagens de Forças Especiais estrangeiras, mas o que está em jogo é a integridade do nosso Brasil .
28 de maio de 2013
Gelio Fregapani
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