Mas, sem considerar crédito habitacional, dívida dos brasileiros recuou
BRASÍLIA – As famílias brasileiras nunca estiveram tão endividadas quanto no fim do primeiro trimestre deste ano. De acordo com o Banco Central (BC), o índice de endividamento subiu de 43,79% para 43,99% em março. Isso significa que as famílias devem às instituições financeiras quase a metade do que ganham durante o ano. O endividamento chegou ao maior nível desde quando a autoridade monetária começou a registrar os dados, em 2005. Naquela época, as famílias tinham um endividamento de 18,39% da renda bruta anual.
Para o economista-chefe do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, o aumento do endividamento das famílias é um reflexo da facilitação de acesso ao crédito bancário no país. De 2005 para cá, o volume dos empréstimos no país saltou de 28,1% para 54,1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país). No entanto, segundo o especialista, essa alta não deve continuar. Pelo menos, não no mesmo ritmo.
— Houve um grande aumento por causa da facilitação do crédito vista nos últimos anos, mas chegou a um limite — aposta Miragaya, que explica que o crescimento da renda do trabalhador e a estabilidade do mercado de trabalho devem segurar o endividamento da população.
Segundo os dados do BC, se for excluído o crédito habitacional, o nível de endividamento caiu em março. Passou de 30,54% para 30,48%. Isso significa que a compra da casa própria foi a grande responsável pelo aumento do endividamento.
O número que não leva em conta o financiamento imobiliário é usado pelo governo como referência para saber se a população está muito endividada. Para o BC, o empréstimo para pagar a casa própria é visto como bons olhos, já que significa deixar o aluguel — uma despesa corrente — para investir em patrimônio.
Outro dado confirma que o brasileiro tem feito operações com prazos mais longo, como o financiamento imobiliário. Apesar da alta do endividamento, houve queda do comprometimento da renda, que, em março, passou de 21,84% para 21,66%. Isso significa que a parcela que as famílias comprometem da renda mensal para pagar dívidas voltou a cair, ou seja, mesmo devendo mais, as pessoas desembolsam menos durante o mês.
Para o economista-chefe do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, o aumento do endividamento das famílias é um reflexo da facilitação de acesso ao crédito bancário no país. De 2005 para cá, o volume dos empréstimos no país saltou de 28,1% para 54,1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país). No entanto, segundo o especialista, essa alta não deve continuar. Pelo menos, não no mesmo ritmo.
— Houve um grande aumento por causa da facilitação do crédito vista nos últimos anos, mas chegou a um limite — aposta Miragaya, que explica que o crescimento da renda do trabalhador e a estabilidade do mercado de trabalho devem segurar o endividamento da população.
Segundo os dados do BC, se for excluído o crédito habitacional, o nível de endividamento caiu em março. Passou de 30,54% para 30,48%. Isso significa que a compra da casa própria foi a grande responsável pelo aumento do endividamento.
O número que não leva em conta o financiamento imobiliário é usado pelo governo como referência para saber se a população está muito endividada. Para o BC, o empréstimo para pagar a casa própria é visto como bons olhos, já que significa deixar o aluguel — uma despesa corrente — para investir em patrimônio.
Outro dado confirma que o brasileiro tem feito operações com prazos mais longo, como o financiamento imobiliário. Apesar da alta do endividamento, houve queda do comprometimento da renda, que, em março, passou de 21,84% para 21,66%. Isso significa que a parcela que as famílias comprometem da renda mensal para pagar dívidas voltou a cair, ou seja, mesmo devendo mais, as pessoas desembolsam menos durante o mês.
27 de maio de 2013
Gabriela Valente
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