"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 6 de junho de 2013

SUPLICY, O BUFÃO, O COVARDE E OS REFLEXOS DA HUMILHAÇÃO


 
Suplicy

O senador Eduardo Suplicy (PT/SP) já perdeu sua relevância política faz tempo. De bastião da competência e da honestidade no Senado Federal, desde a ascensão do PT ao governo, Suplicy exerceu suas funções como um bufão ou bobo da corte e refletiu toda a sua covardia ao abster-se de qualquer confronto diante das atrocidades cometidas pelo PT e seus aliados contra a ética, a moralidade pública e a democracia.
 
Como se já não bastasse toda essa humilhação a uma figura que no passado parecia refletir o bom senso num enorme mar de lama e de obscenidades éticas, Suplicy ainda vaga pelos corredores do partido que ajudou a fundar como um velho humilhado; um pedinte esfarrapado implorando por uma chance de concorrer novamente ao Senado Federal enquanto é ignorado por Lula, o Capo da Famiglia.
 
Rifado pela banda podre do PT, encabeçada por Lula, Suplicy viu o seu mandato político ser oferecido em sacrifício para garantir uma das inúmeras alianças espúrias que o partido vem firmando para se manter no poder.
Assim como a ética, a coerência e o próprio programa do partido hoje são meros reflexos de um passado brilhante do PT, o próprio senador Suplicy se transformou num reflexo da humilhação e síntese da mendicância política que infesta o Congresso Nacional hoje e mantém unida a miríade de partidos que da sustentação aos sonhos de grandeza petistas.
 
Talvez embalado pela idade avançada, pelos amores tão duramente perdidos ou mesmo pela covardia que vem caracterizando suas posições ultimamente; Suplicy abdica de seu patrimônio político construído ao longo de anos de bom desempenho e de inúmeros prêmios recebidos por sua atuação parlamentar, se submete ao jogo sujo de Lula e aceita as humilhações constantes da diretoria do partido que apenas lhe cospe na cara, enquanto o senador mendiga uma chance para mais um mandato.
 
Se coragem ainda tivesse, daria ao PT e a Lula o que eles merecem: um solene pé na bunda. Levaria para bem longe da sanha petista (e do autoritarismo da corja que ali se instalou hoje) o seu capital político e os milhares de votos cativos que sempre o elegeram.
 
Seria uma boa saída. Uma saída com honra e, ao mesmo tempo, um tapa certeiro na cara de Lula e Cia limitada. Fechar com Marina e seu novo partido, garantindo não só uma vaga no Senado Federal como ainda uma brutal diminuição dos votos atribuídos ao PT em São Paulo, seria a resposta “a altura” dada para calar aqueles que vergonhosamente o humilharam.
 
Isso se fosse um homem de fato ou tivesse correndo em suas veias algo mais do que pamonha líquida. Suplicy faria o PT enxergar (ou será enchergar pela nova revolução linguística petista) o grande erro que foi desprezar a ética, a moral política e principalmente um velho companheiro e lutas. Mas, para isso, Suplicy teria de ter coragem e “aquilo roxo”.
 
Contudo, pelo que andamos vendo do velho senador, coragem é palavra que não existe em seu dicionário e humilhação é algo que ele aceita bem e reflete seu “eu” atual.
E você, o que pensa disso?
 
06 de junho de 2013
arthurius maximus

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