"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 6 de junho de 2013

A MORTE DO CORONEL JÚLIO MIGUEL MOLINAS DIAS - ASSASSINATO OU EXECUÇÃO?

A cada dia que passa, mais aumenta a minha dúvida. Por mais que queira aceitar a solução dada pela polícia gaúcha, a história não fecha.
Portanto, continuo afirmando: não tenho nenhum documento sobre o período da luta armada guardado em minha residência. Caso venham aqui dar uma  busca e saíam afirmando que encontram documentos comprometedores, ou que eles foram entregues pela minha família, não acreditem, eles foram plantados para incriminar a mim ou a outras pessoas.
Assim, difundo, novamente, o que escrevi a respeito da morte do Cel Molinas,78 anos, ex-comandante do DOI/CODI/I Ex, no Rio de Janeiro, morto quando foram disparados 15 tiros em sua direção, na noite de 1º de novembro de 2012, em Porto Alegre. 
Complementando as  observações de 07/02/13 do site  
 www.averdadesufocada.com 

1- O documento da Turma de Recebimento do DOI, encontrado na casa do Cel Molinas, comprovando que Rubens Paiva deu entrada no DOI é do ano de 1971. O Cel assumiu o comando do DOI dez anos depois, em 1981. 
Então, verifica-se que o Cel, como comandante, vai remexer nos arquivos do DOI e encontra este papel lá guardado por uma década. O caso Rubens Paiva não tem nada a ver com o seu comando, mesmo assim ele o acha interessante, e deve ter pensado que era um documento altamente comprometedor. O surrupia e vai escondê-lo entre seus alfarrábios, em sua casa. Trinta e três anos depois o Cel é assassinado, e a polícia, ao dar uma busca na sua casa encontra o tal documento.
Dá para acreditar?
2 - Prontamente, o delegado encarregado do caso, mesmo sem as formalidades normais, em lugar de juntá-lo aos autos do Inquérito Policial, o entrega ao governador petista Tarso Genro que, com toda a pompa e circunstância, o entrega a Cláudio Fonteles, da Comissão Nacional da Verdade, no Palácio Piratini.
Faz sentido? 
Aliás, com diria Nelson Rodrigues, eles descobriram o óbvio ululante, pois, segundo a mídia, Rubens Paiva teria sido preso em sua residência, o que nunca foi negado pelo Exército.
3 - Bandido sabe que roubar armas de colecionador é uma fria. São armas controladas, catalogadas. Quem vai querer comprar uma coleção roubada, que nunca poderá ser exposta?  As armas de um colecionador, geralmente, são armas antigas e, mesmo para as mais modernas será difícil a aquisição de munição.
Por outro lado, um bandido sabe que é muito arriscado portar uma arma de coleção, principalmente, se ela foi roubada após um assassinato. Em qualquer blitz ele pode ser parado e a polícia,  ao identificar a arma, vai incriminá-lo  pelo assassinato do antigo dono da arma.
Aliás, os terroristas da década de 70 já sabiam disto. Preferiam assaltar no comércio  casas de armas e não de colecionadores.
Será que os policiais militares que assassinaram o Cel não sabiam disto?
Francamente, é difícil acreditar que eles fossem tão primários.  
4 - Segundo a versão, que parece ser a oficial, os bandidos fizeram um sequestro relâmpago e ao chegarem na casa do Cel ele reagiu, ocasião em que foram disparados 15 tiros, três dos quais o acertaram, matando-o na hora.
Vamos e venhamos. Estes assassinos são muito burros. Então, eles fazem um sequestro relâmpago, e em vez de levarem o Cel para um lugar seguro, o manterem sob guarda, pegarem as chaves da casa, que eles já sabiam onde ficavam, e, sem alarde, em segurança, sem provocarem suspeitas, roubarem tranquilamente as armas em exposição, preferiram o contrário?
Levaram junto o Cel e, ao tentarem entrar na sua casa, como ele teria reagido houve a  necessidade de assassiná-lo.
Sinceramente, esta versão é muito difícil de acreditar.  
5 - Assassinato é uma coisa, execução já é diferente.
No assassinato, o bandido atira na vítima, para imobilizá-la, para se defender. A ação deu zebra. Sujou. Se possível torce para que a vítima não tenha morrido pois, se for identificado, a punição será muito maior. Ele procura fugir  o mais rápido possível. Quer desaparecer, sem deixar vestígios.
Já na execução não. Esta tem uma motivação maior, normalmente por queima de arquivo, vingança ou ideologia. O bandido dispara todos os tiros que tem, quer ter a certeza de que a vítima morreu. Que cumpriu a missão que recebeu.
Contrariando o bom senso foram disparados 15 tiros.  Tal quantidade mais parece assassinato ou execução? A polícia gaúcha chegou à conclusão de que foi assassinato em um sequestro que deu errado.
Dá para  acreditar?

Pelo que sei , por meio da mídia , as últimas informações estão no vídeo abaixo:
Clique no link 
http://entretenimento.r7.com/love-school-escola-amor/video/policiais-militares-sao-presos-por-assassinato-de-coronel-aposentado-50d0fd9a6b716bae18080d08/
E depois , se souber a resposta para algumas destas perguntas mande paraaverdadesufocada@terra.com.br
1- Os suspeitos continuam presos?
2 - Quem são eles?
3 - Seus nomes foram divulgados?
 
06 de junho de 2013
Carlos Alberto Brilhante Ustra é Coronel Reformado do Exército Brasileiro.

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