Semblantes carregados, advertiram, no entanto, com ares de tutores que pretendem ensinar aos discípulos que qualquer concessão implica numa espécie de penalização, que a benesse teria consequências no nível de investimentos dos respectivos estado e municípios.
Seria interessante, portanto, aproveitarem a ocasião para melhorarem o nível de transparência de suas administrações, exibindo, por meio das redes de comunicação às quais têm acesso quase irrestrito, de maneira didática e objetiva, planilhas de seus fluxos de investimento e desembolso físico-financeiros, de modo a manter os munícipes e cidadãos, eleitores, afinal, bem informados, o que certamente orientaria a sociedade na organização de futuros movimentos e desobstruiria os canais de comunicação entre a população e os gestores da massa de impostos que devem reverter em benefício dela, que é quem, afinal, os paga e paga bem.
Não deixem escapar essa ocasião tão propícia a um exemplar diálogo entre governantes e os contribuintes que lhes deram um cheque em branco. E não se iludam: os métodos de negociação mudaram e quem hoje se manifesta, a menos da inevitável minoria vândala, sabe quais são os problemas e quer vê-los resolvidos ou equacionados, não acreditando mais nas vias de negociação às quais nossos rançosos políticos estão habituados.
21 de junho de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-mar-e-guerra reformado.
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