Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos e Europa registraram os movimentos dessa quinta-feira
Charge do cartunista Patrick Chappatte para o jornal Herald Tribune(Reprodução)
A imprensa internacional acompanha em detalhes as manifestações por todo o país. Os principais veículos de comunicação dos Estados Unidos e Europa registraram os movimentos dessa quinta-feira.
Abaixo alguns exemplos.
The New York Times (EUA) - Reportagem desta quinta-feira, de Simon Romero, correspondente do jornal no Brasil, fala sobre a perplexidade do Partido dos Trabalhadores (PT), conhecido pelas manifestações que sempre organizou contra o governo quando estava na oposição, com as revoltas que tomaram conta do Brasil. Romero ainda chama a atenção para o fato de que o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, estava em Paris no início das manifestações, onde tentava trazer para a cidade a Expo 2020, “exatamente o tipo de megaevento internacional dispendioso rejeitado pelos manifestantes.” A página principal do NYT também traz um espaço para debate, com a chamada “Os protestos mudarão o Brasil?” Protestos também inspiraram charge de Patrick Chappatte, do International Herald Tribune.
Huffington Post (EUA) - O site reproduz reportagem da Associated Press feita por correspondentes no Rio de Janeiro, Brasília e Salvador, cujo título é “Protestos no Brasil continuam apesar do governo voltar atrás nos preços das tarifas”. Segundo o texto, mais de meio milhão de brasileiros saíram às ruas em pelo menos 80 cidades em protestos que tiveram confrontos violentos e pedidos pelo fim da corrupção e por melhores serviços públicos. A reportagem traz o depoimento de brasileiros condenando a violência de parte dos manifestantes e de outros dizendo que o país precisava de protestos assim "havia muito tempo".
CNN (EUA) – As duas principais manchetes do site da CNN são sobre o Brasil. Uma delas trata da lista de demandas dos manifestantes e ainda traz reportagens sobre o motivo dos protestos e uma entrevista de Antonio Patriota, ministro das Relações Exteriores, à jornalista-estrela da emissora americana, Christiane Amanpour, na qual ele diz que "o Brasil não é a Turquia". Outro texto diz que "promessas não cumpridas e corrupção são o combustível dos protestos".
BBC (Inglaterra) - A manchete do site inglês traz: “Brasil é abalado por novos protestos”. O texto destaca as manifestações em Salvador, Brasília, Fortaleza, São Paulo e no Rio de Janeiro e usa como indicativo da gravidade da situação o cancelamento da visita que a presidente Dilma Rousseff faria semana que vem ao Japão. “Os protestos são os maiores desde que as pessoas foram às ruas para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.” De acordo com a análise do correspondente da BBC no Brasil, Gary Duff, “a controvérsia sobre o preço das passagens de ônibus e metrô foi o estopim que levou os manifestantes às ruas — mas agora tudo parece ser bem maior que isso.”
El Pais (Espanha) - Os protestos no Brasil ocupam a parte superior do site do jornal espanhol, com uma foto mostrando milhares de manifestantes em Niterói, no estado do Rio de Janeiro. “Centenas de milhares de brasileiros cantam vitória nas ruas”, diz a manchete, com o subtítulo “O movimento que conseguiu impedir o aumento de 20 centavos no transporte público convoca sua maior marcha em 80 cidades.” O texto é do correspondente na América Latina, Francisco Peregil, diretamente de São Paulo. A reportagem diz que o Movimento Passe Livre “ganhou um imenso capital político em apenas 13 dias”, mas que a vitória nas ruas suscita “algumas perguntas difíceis de responder”, como “o que farão agora o Movimento Passe Livre, e o PT ?” E como isso “afetará as eleições de 2014?”
Clarín (Argentina) – Assim como a BBC, o jornal argentino dá chamada principal em sua página na internet para os protestos no Brasil: “Milhares de ‘indignados’ protestam em mais de 100 cidades”. A publicação diz que os protestos foram convocados por meio das redes sociais e que os manifestantes “exigem serviços públicos de qualidade e questionam os gastos da Copa do Mundo.” O Clárin registrou a hostilidade dos protestantes contra integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e do Partido dos Trabalhadores que, nesta quinta-feira, tentaram participar das marchas.
21 de junho de 2013
Veja
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