Fifa e COL negam discussão sobre suspensão da Copa das Confederações
Manifestante morde bandeira do PT durante protesto em São Paulo
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Por meio de um pronunciamento oficial, nesta sexta-feira, a Fifa e o COL negaram qualquer discussão sobre a suspensão da Copa das Confederações por conta da onda de protestos e casos de violência pelo país.
Na quinta-feira, após ataques ao hotel e ônibus da entidade em Salvador, a entidade ameaçou parar a competição em caso de novos problemas com as delegações.
"Nós apoiamos o livre direito de expressão de qualquer pessoa protestar. Condenamos violência. E temos total confiança nas autoridades. Em nenhum estágio, a Fifa, o COL, ou governo federal pensou em suspender a Copa das Confederações. Estamos em contato com os times, os mantemos informados e não recebemos nenhum pedido [de times] para que saiam da competição", afirmou o porta-voz da Fifa, Pekka Odrizola.
Apesar do discurso oficial, o UOL Esporte apurou que a Fifa deu um ultimato ao governo brasileiro: ou as autoridades nacionais garantem a segurança da Copa das Confederações, dos jogadores, comitivas e membros da imprensa internacional que estão no Brasil, ou irá cancelar a realização do evento.
Fato é que, além dos ataques ao ônibus e ao hotel, diversos pontos e símbolos ligados ao Mundial têm sido alvo dos manifestantes. O centro de distribução de ingressos no Rio de Janeiro e uma loja gigante da Coca-Cola foram cobertos por tapumes para evitar depredações. Placas da competição foram atacadas na Av Presidente Vargas, epicentro dos protestos nesta quinta no Rio. Também houve ataques a centro de evento paralelos no centro da cidade.
Os protestos também chegaram aos estádios. Houve ações violentas fora do Mineirão e do Castelão durante partidas da Copa das Confederações. E também ocorreram protestos, sem violência, dentro das arenas tanto que a Fifa flexibilizou a proibição de maniefestações políticas durante as partidas.
O UOL Esporte apurou que a cúpula da entidade que controla o futebol mundial levou à presidente Dilma Rousseff o seguinte recado: se mais algum membro da Fifa, das seleções que participam da Copa das Confederações ou da imprensa internacional sofrer algum tipo de violência advinda dos protestos que tomaram conta do país, a Copa das Confederações será cancelada.
A violência já causou uma mudança oficial de comportamento na Fifa. Desde a última quinta-feira, todos os membros da entidade devem ir e voltar juntos ao estádio, sempre com escolta da polícia, independentemente do horário de trabalho dos profissionais.
Além disso, Juca Kfouri, blogueiro do UOL, informou que uma das seleções já teria manifestado a intenção de deixar o Brasil, em razão da insegurança.
Segundo ele, "uma delegação, que a Fifa não quer mencionar, mas cujos jogadores trouxeram famílias, está pressionando seu comando para ir embora. Eles dizem que não querem jogar futebol em uma praça de guerra". Essa seleção seria a Itália, ainda de acordo com Kfouri. Oficialmente, a delegação italiana nega a reclamação.
21 de junho de 2013
Rodrigo Mattos
Do UOL
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Por meio de um pronunciamento oficial, nesta sexta-feira, a Fifa e o COL negaram qualquer discussão sobre a suspensão da Copa das Confederações por conta da onda de protestos e casos de violência pelo país.
Na quinta-feira, após ataques ao hotel e ônibus da entidade em Salvador, a entidade ameaçou parar a competição em caso de novos problemas com as delegações.
"Nós apoiamos o livre direito de expressão de qualquer pessoa protestar. Condenamos violência. E temos total confiança nas autoridades. Em nenhum estágio, a Fifa, o COL, ou governo federal pensou em suspender a Copa das Confederações. Estamos em contato com os times, os mantemos informados e não recebemos nenhum pedido [de times] para que saiam da competição", afirmou o porta-voz da Fifa, Pekka Odrizola.
Apesar do discurso oficial, o UOL Esporte apurou que a Fifa deu um ultimato ao governo brasileiro: ou as autoridades nacionais garantem a segurança da Copa das Confederações, dos jogadores, comitivas e membros da imprensa internacional que estão no Brasil, ou irá cancelar a realização do evento.
Fato é que, além dos ataques ao ônibus e ao hotel, diversos pontos e símbolos ligados ao Mundial têm sido alvo dos manifestantes. O centro de distribução de ingressos no Rio de Janeiro e uma loja gigante da Coca-Cola foram cobertos por tapumes para evitar depredações. Placas da competição foram atacadas na Av Presidente Vargas, epicentro dos protestos nesta quinta no Rio. Também houve ataques a centro de evento paralelos no centro da cidade.
Os protestos também chegaram aos estádios. Houve ações violentas fora do Mineirão e do Castelão durante partidas da Copa das Confederações. E também ocorreram protestos, sem violência, dentro das arenas tanto que a Fifa flexibilizou a proibição de maniefestações políticas durante as partidas.
O UOL Esporte apurou que a cúpula da entidade que controla o futebol mundial levou à presidente Dilma Rousseff o seguinte recado: se mais algum membro da Fifa, das seleções que participam da Copa das Confederações ou da imprensa internacional sofrer algum tipo de violência advinda dos protestos que tomaram conta do país, a Copa das Confederações será cancelada.
- http://copadomundo.uol.com.br/enquetes/2013/06/21/a-fifa-deveria-cancelar-a-copa-das-confederacoes-por-causa-das-manifestacoes-que-tomam-conta-das-ruas-do-brasil.js
A violência já causou uma mudança oficial de comportamento na Fifa. Desde a última quinta-feira, todos os membros da entidade devem ir e voltar juntos ao estádio, sempre com escolta da polícia, independentemente do horário de trabalho dos profissionais.
Além disso, Juca Kfouri, blogueiro do UOL, informou que uma das seleções já teria manifestado a intenção de deixar o Brasil, em razão da insegurança.
Segundo ele, "uma delegação, que a Fifa não quer mencionar, mas cujos jogadores trouxeram famílias, está pressionando seu comando para ir embora. Eles dizem que não querem jogar futebol em uma praça de guerra". Essa seleção seria a Itália, ainda de acordo com Kfouri. Oficialmente, a delegação italiana nega a reclamação.
21 de junho de 2013
Rodrigo Mattos
Do UOL
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