"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 21 de junho de 2013

REFÉM DO DESESPERO

Dilma retarda solução e decide conversar com Henrique Alves, Renan e Sarney

Desespero total – O imobilismo político de Dilma Rousseff como chefe de Estado e de governo é de tal modo impressionante, que a petista decidiu conversar, ainda nesta sexta-feira (21), com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros, respectivamente, e com o senador José Sarney, caudilho que domina com mão de ferro, há cinco décadas, o mais miserável estado brasileiro, o vilipendiado Maranhão.
Da conversa participará também o vice-presidente Michel Temer.

Essa postura que denota extrema insegurança evidencia o descontrole político que ronda o País, terreno fértil para golpes totalitários e ações de extremistas.

É inconcebível que Dilma Rousseff precise se aconselhar com os dirigentes do Legislativo federal, que na última década foi vexatoriamente atropelado pelo Executivo no embalo do som surdo da negociata.

A situação do País torna-se cada vez mais preocupante à medida que se prolonga o silêncio covarde e irresponsável de Dilma Rousseff, que nos bastidores está enfrentando a sordidez que sempre se faz presente nos momentos de crise.

Abrir frentes de diálogo com políticos que estão na pauta dos protestos – e frequentam as críticas diuturnas da população – servirá para incendiar de vez o movimento que por enquanto é passível de ser controlado com ações efetivas e sem discursos populistas. Por questões óbvias, até porque o governo é fraco e sem comando, os manifestantes têm encontrado o caminho livre para recrudescer os protestos.

Mais algumas horas e a situação pode se tornar irreversível, o que não é bom para a democracia, uma vez que pode entrar em cena uma alternativa indesejável e que fere de morte o Estado Democrático de Direito.

21 de junho de 2013
ucho.info

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